segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Segredo...



Fica entre nós...
Sei que vai estranhar, mas tudo bem, agora podes, não me reconhecer, hoje sei...
Já lhe sou estranha.
Já lhe sôo estranha.
Tens razão, estranhamente, tornou-me estranha.

Olha, fica entre nós.
Sim, aqueles mesmo nós, que já fomos nós.
Hei de confessar, melhor, relatar, algo que não desejo que se propague.
Não conte à ninguém, sei que se quase não lhe interessa, interessaria menos aos outros.
Guarde esse segredo, pra nós.

Ouvi dizer que o toque toque de meus saltos, já não chegam mais em seus ouvidos.
Que já não reconheces, meus gemidos.
Que meu silêncio, não lhe diz mais nada.
Que não lhe cutuco mais, com minhas alfinetadas.

Xiu!
Tudo bem, fica entre os tais nós.
Ficaremos todos bem!

Não nos lamento.
Não desejo, que nada se altere.

Só vim contar, e só pra você, que eu nem tinha chorado.
Que meu rosto, pouco foi banhado com aquelas lágrimas que desciam com facilidade.
O engraçado, é que eu sorri, mas em verdade não houve muita graça.

Se for preciso, nem leia em voz alta.
Se necessário for, nem leia.
Acredite, se só eu escrever, o segredo será mais bem guardado.
Eu vou tentar, acreditar.

Segredei à mim,  respeitei tanto esse fechar de ciclos, esse desatar de nós, que perdi o timer do desabafar.
Psiu, é segredo hein, eu não quis pensar.
Acredita nisso, optei por não pensar?! Eu quase me duvido!
Perdi a mão, não desejei publicar, guardei pra mim, não quis chorar.

Mas, veja bem, fica entre nós.
Aceite como um ultimo pedido.
Guarde esse pequeno segredo.
Por tudo aquilo, que foi tantas e tantas vezes dito.

Cristiane, tentando fechar o ano, como fechei o ciclo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Momentâneas III

Não tente me tolher.
Estará, no caminho errado.

Deixe que eu faça os bicos, as manhas e as encrencas.
Não tome isso pra si, deixe, eu gosto da parte que me cabe.
Seja da paz, porque preciso ter alguém mais apaziguador ao meu lado.

Ciúmes sem motivo, é igual espinho em rosa..., faz parte mas é desnecessário.
Acredite em mim...
Não há com o que se preocupar, eu já me preocupei com tudo.

Fique com o meu melhor sorriso de hoje e faça pensamentos positivos para tê-lo amanhã.

Cristiane, mimando.

Proibido !




Cada vez que minha mente insiste em voltar, eu traço planos para não me deixar ir .
Arquiteto mazelas, desculpas e até injurias.

Não permito, que meus pensamentos ousem descer ao porão.
Lá guardo memórias, que já não fazem parte de mim.
Hoje sou toda presente, em partes, porém muito mais presente.

Mantenho uma fita amarela e preta, na entrada.
Proibida a entrada e saída !
Incinerei pouco do muito, que fui forçada a manter lá.

De qualquer forma, esta dado o recado.
Não se aproxime.
Perigo!
*Dejetos inflamáveis e inflamados*

Cristiane , delimitando espaços.

Eu Espero ** Luiza Possi



Vai sim, vai ser sempre assim
A sua falta vai me incomodar,

E quando eu não agüentar mais
Vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.

Vai sim, vai ser sempre assim,
Um pra cada lado, como você quis
E eu vou me acostumar,
Quem sabe até gostar de mim.

Mesmo que eu tenha que mudar
Móveis e lembranças do lugar,
O meu olhar ainda vê o seu
Me devorando bem devagar.

Vem, que eu ainda quero, vem.
Quando menos espero a saudade vem
E me dá essa vontade, vem
Que eu ainda sinto frio
Sem você é tudo tão vazio
Vem me dar essa vontade,

Vem que esse amor ainda é meu.
Troco todos os meus planos por um beijo seu
E essa noite pode terminar bem.


( Letra e música lindasssssssss)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Momentâneas II

Agorinha.

Afoitos meus dedos quiseram se manifestar.
Darei espaço, nem que seja papel de pão, nanquim, talvez carvão.
A necessidade me parece tamanha, que nem me passa pela mente podar.
Deixarei que falem, expressem, demonstrem, descondifiquem- se .
Não há interesse em esconder-me.
Instantes como estes, merecem registro, atenção, aceitarei de bom grado, o que tiverem a me dizer.
Vou ler.
Sinto uma força imediatista, algo pra ontem, chegando atrasado.
Vem batendo na porta, insistente, afoito, esbaforido, resistente.
Chega trocando palavras, comendo plurais, cuspindo verdades.

Agora que já foi...

Aproveite!

Agora que a opção foi feita...

Aproveita!

Agora, que não tem volta, fica.
Agora, que não voltas, vai.
Agora, que não me tem, aproveita, me rejeita.
Agora, não me venha, não se traga, não me leve.
Agora, não me julgue, não me conjugue, me esquece.

Agora, toma-se o dito pelo não dito, Deus tome conta caso haja algum coração aflito.

Cristiane , tenho dito.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

No braseiro * Roberta Sá*



Mas tá um trem de doido
Eita confusão parece natural andar na contra-mão(2x)

Tão vendendo ingresso
Pra ver nego morrer no osso
Vou fechar as janelas
Pra ver se não ouço as mazelas dos outros(2x) (repete lá em cima)

Perdeu-se a moral
E reina a falta de vergonha
Mania nacional é ver o outro se dar mal
O caso de polícia
corriqueiro é todo dia
Felicidade é bom eu quero paz, justiça, alegria

Moramos no braseiro a coisa aqui ta quente
O ano inteiro eu corro atrás não sei de que exatamente.
(repete lá em cima)

Quero justiça, alegria e quero paz,
Mas com direitos iguais, como já disse Tosh
E quero mais que um milhão de amigos do RC

Como Luís e Su as maravilhas do mundo quero comer
Quero me esconder debaixo da saia da minha amada
Como Martinho da Vila, em ancestral batucada

Eu quero é botar meu bloco na rua, qual Sampaio
Quero o sossego de Tim Maia, olhando um céu azul de maio
Eu quero é mel, como cantou Melodia
Quero enrolar-me em teus cabelos
Como disse Wando à moça um dia

Quero ficar no teu corpo, como Chico em Tatuagem
E quero morrer com os bambas de Ataulfo bem mais tarde
Só que bem mais tarde
Eu quero ir pra ver Irene rir, como escreveu Veloso


****enfim , tenho desejado coisas simples rs...****

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Momentaneas...I



Li ali:
*Não se deve ferir, o que não se pode matar*
Dizer que gostei, que vou digerir, ruminar e voltar com uma divagação, seria redundante?

Cristiane, momentaneamente descentralizada.

Pequenas grandes coisas.

Existe uma sensação de que o quebra cabeça, enfim, tem todas as peças.
Já cheguei a duvidar, perdi algum tempo, contando peças, procurando regras.

Tenho a impressão que o prazo de validade , está maior.
Que os conservantes, deixaram de fazer-me tanto mal.

Acredito com mais afinco , no que nunca realmente desacreditei.
Com portas entreabertas, me deparo com janelas escancaradas.

Uma onda forte de otimismo, me toma, deseja e me quer pra si.
Deixar-me-ei ir.

Planos desejosos para saírem do rascunho.
Rascunhos dispostos, a darem espaço ao projeto final.
Um suspiro mais profundo, e tudo conspira à meu favor.

Bem sei, não seria capaz de explicar , talvez discorrer sobre o assunto, mas seriam somente suposições, preposições, quem sabe composições.

Tem-se algumas teorias já descritas por aí, em alguns livros de auto ajuda, aqueles que eu tenho por costume, desdenhar.
No entanto, há que se ter uma certeza , nada aqui vem de fora , tudo começa de dentro.

Não ousem me tirar esse mérito.Entre um julgo e outro , ainda penso.
Executar é conseqüência , como se fosse uma convidada de honra, uma socialite , se cismar chega, se não , nem obrigada, manda.

Assim caminho, me incluindo na humanidade, nem sempre tão humana quanto se faz necessário, nem sempre tão desumana , quando necessário se faz.

Cristiane, medindo coisas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em tempo XVII



As diferenças, me atraem, mas me pego presa em minhas preferências.
Não dou de ombros, ao que já me dei de corpo inteiro.
Não cuspo no prato que, saciou minha fome e tantas vezes me vez querer sem poder, repetir.

Sou básica, antiquada, às vezes acorrentada ao passado.
Difícil explicar, mas não admito nada menos do que já tive.

Quem amou já sabe o que é recomeçar, do zero!
Saber a gente sabe, querer é que é difícil, desejei ser astuta o suficiente para pular algumas etapas.
Talvez seja pedir demais.

Como eu disse antes, seu leque é muito maior que o meu, nem tudo me cabe, nem tudo me serve.

Cristiane, jorrando pensamentos

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vou deixar a quarta-feira me invadir.


Primeiro dia do Mês das confraternizações, do vucu vucu, dos amigos secretos, de tudo um muito.

Mês curto, com dias longos, mês de records, vou querer contabilizar quantos pecados capitais cometerei por dia...ou por noites...!!! Começarei pontuando com a luxúria.

O Sol, sim, meu queridinho, esta lá fora, debatendo-se com as nuvens, eu daqui só espio e penso: - Quem puder mais, chora menos.

Ontem tomei um vinho com amigos,  pensei, esse foi um prazer e um ensinamento que ficou, obrigada. Quanto aos amigos, o mérito é todo meu *sorriso*.

Aliás, ontem só porque era a despedida de Novembro, o dia se fez diferente. Passou me sacudindo, soprando obscenidades em meus ouvidos, ainda aguardo a penitência.

Dias em meio de semana, costumam ser apaziguadores, reflexivos, mas em sendo um mês de desatinos, sinto algo diferenciado.

Tenho um semblante enigmático, para nenhum Sherlock botar defeito, tenho pensamentos mirabolantes, um sorrisinho safado de canto de boca, e a vontade de assumi-los, todos!

Cristiane, sentindo-se invadida.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Para todos os Santos.



Meu passado me condena, e ainda não consegui fazer meu presente me absolver.

Tentação, desejo e empecilhos .

Valei-me meu Santo Antonio Vesgo das Milongas do Passado, olhai por mim, me livre de mais este pecado.

Já levo tantos comigo, mas o da carne é o que mais me faz perder pontos, lá em cima.

Mexe com o que estava quieto, mexe comigo, e eu ...mio ao fone.

Valei-me meu São Crispiniano dos Desejos Insanos.

Cristiane, tentada.

Então é *quase* Natal.


Ainda não providenciei enfeites para portas e janelas.
Não chamei os sobrinhos, para montar a árvore da discórdia.
Ainda não chequei o pisca pisca do ano passado, mas já adiantei a cartinha do Noel.

Como não poderia deixar de ser, estou atrasada.

O que será de mim?

Que excesso de vida, é esse?
Que falta de tempo, é essa?

Fim de ano, renovação de planos!
Choramingos pelo que não se concretizou, promessas que se hão de cumprir.

Fecho ciclos. Abro possibilidades.
Ainda assim, há de se ter muito por fazer.

Porém nessa época, tudo é festa.
O ritmo é outro, acelerado, afoito, até desesperado.

O consumismo, aflora a vontade de fazer o bem sem olhar a quem, chega  um tanto tarde, mas ainda bem que chega.

Enfrentamos filas, trânsitos gigantes, falta de vagas em estacionamentos de shoppings, com um belo sorriso no rosto, afinal tem-se um tanto mais de dinheiro no bolso.

É o milagre do Natal.

Enquanto as responsabilidades e encargos do ano novo não chegam, façamos festa, que é o que nos resta.

Cristiane, atrasada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amarga!

Tudo bem, acredite em mim, ficaremos todos bem!

Não me importo que me leiam, podem ler, nunca tive o que esconder, não seria agora que eu tentaria, não me mostrar.

Lembram?

Minhas verdades doem sempre mais em vocês , do que em mim.

Não, não tem do que desculparem-se, até porque eu não desculparia.

Tudo bem, ficaremos bem, pode acreditar, nunca fui dada à mentiras, nunca tive competência para embasar e sustentá-las.

Já , rancores é como presente de tia, a gente não gosta muito, mas guarda por um bom tempo.

Nunca quis ser vista como boazinha, perfeitinha, *sorriso* , não tenho isso nos meus genes, nunca o seria.

Meus planos sempre iniciaram-se com o me manter viva, ativa, sou egoísta de nascença, não nego, não negaria.

Minha tabela periódica é muito mais ácida que a sua, nas minhas escalas, ainda me tenho no topo, depois os meus e muito , mas muito depois, os seus.

Viver minha realidade não me dói, a verdade sem maquiagem é um tanto assustadora, mas vai tempo que convivo com ela, aos meus olhos, ela é bem simpática, tem um *q* de menina faceira, chatinha, arde , mas tem suas boas e diversas qualidades.

Pode me olhar,pode me julgar, isso pra mim é exercício diário, acredite que faço isso com vocês todos os dias, a diferença é que cuido muito mais da minha vida , do que da suas.

Não se assustem, isso nada tem a ver com a fase , eu vivo e penso assim todos os dias, mas nem sempre dá tempo de vir postar aqui.

Cristiane, bem ardida.

Analisando-me.



Tinha uma bic nas mãos, algumas idéias em mente, um coração metido à valente.

Tinha ousadia de sobra, marra que transbordava, uma ingenuidade á mostra.

Tinha desejos obscenos, vontades incontroláveis e minhas ressacas nunca foram imorais.

Descia ao submundo e quando submergia, o salto era sempre mais fino e alto.

Tinha algo de donzela enfurecida, menina recatada, adolescente desprendida.

Fui lá, fiz acontecer, vivi cada segundo de olho na ampulheta, parecia que eu estava sempre atrasada, sempre fui afoita, mas disfarçava.

Cresci rápido, tive períodos encruada, em outros, crescia tanto que parecia ter sido enxertada.

Trouxe comigo, muito daquilo, bom chegar aqui e sentir que quase nada perdi, que muito ficou e outras tantas coisas transformaram-se.

Ainda sinto-me eu, afoita, ardida, atenta ,amarga, doce( nem sempre), carrego uma bula com prescrições médicas.

Me agite, antes de tomar!
Caso os sintomas permaneçam, sinto, não vai adiantar procurar um médico!

Cristiane, falando de si.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Em tempo XVI



Eu sei, às vezes mostro os ombros.
Também estou ciente, meu rosto mostra muito mais de mim, do que eu gostaria .

Já me senti tão transparente, mas hoje ao levantar, estava muito refletida.
Iluminada, acesa, confesso, um tanto derretida.

Estava aqui caçando palavras, ainda não as encontrei.
Ainda, não consigo, me transcrever hoje, ainda tenho receios , minha mente ainda pede para que eu não tenha pressa, mas meu corpo, esta alvoroçado.

Desejo é algo que eu não meço.
Mereço essa virada, mas ainda tenho algum medo da cambalhota.
Se bem que, cair de mal jeito, é minha diversão.


Já estava muito bem obrigada, depois de uma boa escova no cabelo, sinto-me a Rainha no Nilo, a última negresco do pacote, a figurinha premiada da copa de 70.

Não se aproxime, estou insuportável, hoje.
Nem tente , chegar-se...
Perigas, desejar não ir.


Porque dentre tantas iguais, há que se ter uma que faça a diferença, no dia que diferentemente de sempre, não desejas o de sempre.

Nem melhor , nem pior, às vezes com um *q* diferente.

Cristiane, acreditando.

Não seguro choro, não prendo riso.


Tento ser alheia, ao que não me pertence, mas conseguir, conseguir mesmo, nem sempre...

Recuso-me a bater palma, para doido dançar, se quer som, não dependa de mim.

Ter uma opinião sobre quase tudo, é muita coisa, eu sei.
Já pedi a Deus que retire de mim, a sacolinha de pedras que guardei.

Ontem falei que tenho me preocupado comigo, o meu leque de opções, não é tão grande quanto o seu.

Nem tudo me cabe, nem tudo me serve, Valei-me minha Nossa Senhora das Escolhas Indevidas.

O novo me assusta, mas me assusta mais o passado que me deixei ter.

Jamais negaria, a insegurança, jamais negarei o desejo de me atirar no novo, sem esbarrar o velho.

Cristiane, em transição.

No mundo da lua.



Ontem tinha uma lua tão linda, lá em cima, gigante , esférica, genuína.
Arrancou-me um suspiro, era tão iluminada que cheguei a pensar que vi seus habitantes.

Vi São Jorge e o Dragão, sentados ao meio fio, era quase uma noite de verão, fazia um calorão, papeavam descontraidos.

Após tantos anos, de convivência entre trancos , solavancos e desavenças sem fim, queriam questionar, conversar, resolver, chegaram a cogitar o se unir.

O que antes era obrigação, passou a não fazer mais sentido, o que sempre foi questão de honra, parece ter passado, morrido.

Entre uma acusação e outra, entre tantas criticas agudas, alguns pedidos de desculpas, por erros do passado, por algo que haviam vivido.

Acordou-se uma trégua, uma promessa, um acordo de Cavalheiro e Dragão, tendo como testemunhas, o Cavalo, a Lança e eu.

Voltam cada um à sua posição, Cavalheiro no Cavalo e lança na mão, Dragão a lhe olhar nos olhos, eu a lhes observar daqui.

Continuarão a lutar por suas causas, olhar por seu devotos, valer os oprimidos.
Deixando a lição de que se quer lutar, sua luta precisa ter e fazer algum sentido.


Cristiane, enluarada.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Em tempo XV.

Ontem falei de desejo, ousadia e até um
certo desespero vertido, derramado, transparente em minha carne.

Hoje volto, tentando descrever a saciedade com pitadas de quero mais, com aviso na porta de volte sempre.

Dada sempre à possibilidades, opções, questões escusas, pegadinhas incrédulas.
Hei de me esforçar, mas não creio que hoje serei clara, se me farei entender, se conseguirei, descrever-me.

O que já foi tão fácil, hoje esta mais complexo.
O que já me foi tão complexo, ontem, foi tão natural.

Vou deixar-me fluir nesta sexta-feira, ensolarada, obrigada Queridinho meu, por vir compartilhar essa fase.

Cristiane, com dificuldades de subscrever-se!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Falando nisso.


Falando nisso, hoje sinto algo estranho em mim. Nunca estranho à mim.
Um vucu vucu por dentro, um agito por fora, ainda por cima, cobertura de chocolate.

Um tanto lambuzada, um tanto mais criança ousada, ainda amarga e enjoada.

Está tudo tão mexido, estou toda tão mexida.
Pelos ouriçados, arrepios incontidos, sorriso de canto de boca, sobrancelha arqueada, pensamentos à serem censurados.

Faço trocadilhos ardidos, indagações e as vezes só sussurros.

Vulcão em erupção, tsunami ainda indenominado .
Deixo me dominar, me levar, deixarei me tomar um bom bocado.

Por pirraça decidi virar a página, por sorte, ganhei um livro novo!
Taça nova, vinho velho, eu ainda a mesma.

Por falar nisso, ardo.
Por falar nisso, desejo.
Por falar nisso, agradeço.

Cristiane, falando naquilo.
.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Água caindo.



Chove lá fora e aqui dentro faz-se um silêncio, arredio, ardido, metafórico.

O silêncio é tamanho, que grita aos meus ouvidos, desejando não ser ouvido.
Incoerente, desejando fazer sentido.

Seus ruídos se confundem com as gotas no telhado, com a enxurrada no meio fio.
Decifrar esta incógnita, este quebra cabeça de cor única, seria milagre.

Receio que, serei devorada.
Mordida, engolida e sem mais nem mesmo,cuspida.

Foi uma chuva inesperada, disseram que ela viria, que era tempo de vir, mas eu ando incrédula, receosa, desacreditando de pré-determinações.

Veio, me molha, gela, incomoda, mas me acorda.
Gotas caem e se arrastam aqui na minha janela, aquela mesma que recebe meu queridinho vez ou outra.
Aproveita de sua ausência e se faz presente, insistente, molha.
Alardeia, ter tomado esse dia pra si, propaga sua chegada e a vontade de não ir.

Que chova cântaros.
Que desça água, que suba vapor.
Que abaixe a poeira.
Que molhe as plantinhas.
Que eu seja telespectadora.
Que em não se tendo nada com isso, que não me torne coadjuvante momentânea.

Cristiane, chuviscada.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cartinha antecipada.

Querido Noel, oie eu de novo!
Tudo bem?
Quanto tempo né?!

Espero que esta, ao chegar em suas mãos, o encontre gozando de plena saúde e felicidade.
Não se assuste, este ano desejei parecer mais retrô.

Sei que parando para ler estas mal traçadas linhas, vai terminar perdendo um tempo precioso, que Você poderia estar twitando, selecionando texto de Nietzsche, para conseguir mais seguidores, ou até procurando o Neymar para segui-lo.

Eu sei, eu sei No..., sempre faço Você perder algum tempo à mais comigo.

Ano passado pedi um tanto de coisas/pessoas que não usei e algumas que não serviram, mas fiquei na dúvida se podia trocar, aí terminei deixando lá, porém este ano, estou mais consciente, engajada e reciclando, eu e a Xuxa acreditamos em um mundo melhor..

Não é por nada não, mas sugiro que esse ano faça uma seleção e um treinamento melhor, com seus baixinhos ajudantes, que ficam encarregados da seleção/veto dos pedidos, ano passado me mandaram tudo que eu pedi, mas tinha um tanto de coisas ali que eu nem precisava.

Táaaaaaaaaa, eu sei, sou exagerada.

A caixa que tinha esta carta em anexo, são coisas/ pessoas que estou devolvendo, umas sem uso outras semi-usadas. Tenho certeza que outras pessoas farão melhor proveito que eu, por hora não tô carecida.Obrigada.

Como este ano minha rua, já esta cadastrada no guia 4 Rodas, tenho certeza que o Rudolph, já atualizou o GPS dele, então, creio que tudo chegará antes do esperado.

Mesmo assim, vou tentar não encher a cara de vinho, antes de abrir os presentes, quero estar lúcida, para conferir as encomendas. Não me leve à mal, a verdade tem que ser redigida.

Para economizar tinta e muitas árvores, que serão derrubadas caso eu passe para outra folha , faz assim:

Manda tudo que pedi no ano passado, (veja aí se acha meu e-mail nos excluídos) menos o que chegou na caixa aí via sedex 10.

Acrescenta um pouco mais de amor, saúde, prosperidade e uns bombons de licor de cassis, ano passado só vieram de frutas.

E ta valendo, que venha 2011.

Despeço-me saudosa, mas vou dar uma passada no seu Facebook, para matar a saudade.

Qualquer dúvida, deixa um scrap no meu Orkut.

Beijokas e obrigada, Cristiane.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O sol de ontem!


Desculpe , não me puna assim.
Ontem , estava atarefada por demais.
Não pude vir.

Não faça assim...
O desejo era imenso, de vir.

Bem sei, já que peço tanto sua presença.
Devia eu, ter dado o meu jeito.
Ter agradecido, deixar transparecer o seu efeito...

Em mim!

Sei, das minhas falhas.
Mas não me castigue, com sua falta.

Desejei vir ontem , dizer o quanto o dia estava lindo.
O quanto estava , emocionada.
Sua presença, me deixa assim, extasiada.

Acordamos juntos, eu atordoada, você forte.
Viemos nos fazendo companhia, assim se seguiu o dia.

Fiquei aqui , atormentada, a cada momento olhava pela janela, lá você estava.
Zelando por mim, todo o dia.

Fiz menção , de vir aqui gritar , o quanto isso me valia.
Não deu, foi-se o dia.

Sai e notei que me acompanhava.
Me sentia segura , mas ao virar a esquina, você se foi me deixando sozinha,intrigada.

Adormeci, com alguns sentimentos, sentida por não ter agradecido a visita , a acolhida.
Feliz acreditando que , hoje você viria.

Cristiane, agradecida pelo sol de ontem!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Esse ano exagerei ...




Esse ano exagerei ...
Me permiti ir além...

Foram tantas cores de esmalte, que eu nem contei.
Foram, tantos e tantos tons de batom, que até acho que pouco beijei.

Meu cabelo, não se lembra mais que cor ele tem.
Botei, tantas mechas, reflexos e químicas, para que minhas madeixas acompanhassem, minhas transformações internas.

Mantive enrolado, me deu a doida, alisei.
Deixei crescer, tratei, adorei...
Depois, cortei!

Sou versátil.

Meus saltos estão mais altos, já a coleção de melissinhas,
crescem feito o que!Sobre o fato se tenho idade para ainda usa-las, prefiro me abster.
Meu estilo continua o mesmo de sempre, não sigo a moda, mas à espreito de longe.
Gostei, ta bom pra mim, comprei, usei.

Troquei os óculos, pelas lentes, agora voltei aos óculos.
As lentes continuam, guardadas, gosto de saber que tenho opções.
Bem sei, meu olhos, não se acostumam fácil com nada.
Sou uma pessoa demorada.

Nesse decorrer, fui, vim, voltei.
Tantas vezes, que quase me mudei .*risos*

Há, quase me esqueço, dizem por aí que emagreci.
Os fatos não confirmam, os boatos.
Sinto-me bem,obrigada.

Mudei os móveis de lugar, todo dia chego e penso:- Acho que vou acostumar.
Em verdade, acho que isso não vai se dar.

Tenho mimos novos, tenho amigos novos, tenho queridinhos novos, até sobrinhos novos *risos*, e um passado passando.

O tempo é implacável, nem sempre nos dá descanso.

Até findar esse ano, vou falar mais disso, gostei de contabilizar, os créditos me são favoráveis, gosto de gastar.

Cristiane, prometendo voltar no assunto.

Em Tempo XIV




Eu sei, que pode ser melhor que isso.
Também não nego, que muito do isso, é muito bom.
Bom mesmo , vou confessar :- É reconhecer, sentir e deixar transbordar.

Tudo que venho postar, sempre foi e sempre será, derrames de minh’alma.
Tenho deixado vazar, inundar-me.

Desmedida, mas substancial.

Pedi mudanças, alterações racionais, transmutações sentimentais.
As vezes esqueço, obtenho tudo que desejo.
Por isso me permito, querer sempre mais.
Por isso acredito , em dias melhores , sempre.

Em não sendo um agradecimento, obrigada mesmo assim.
Assim sendo, obrigada e continue olhando por mim!

Cristiane, agradecida pela paz in espírito!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em Tempo XIII


Meu queridinho veio me visitar.
Tinha avisado que apareceria, forte radiante.
Deixou um recado, aos que lhe esperavam no feriado.

Não pode vir, estava ocupado.

Disse-me ele hoje, que estava se preparando, sensitivo que é...
Cochichou –me que deixou pra vir , quando eu mais estava precisando da sua presença, do seu afago , do seu calor.

Como não tem um livre arbítrio tão , malheável quanto o nosso.
Não está por hora, podendo , se expor a qualquer hora.

Dentre todas estas informações, faz-se necessário que eu avise.
Apenas escrevo esta para agradecer, a acolhida, o acalento , o novo viço.

Tenho hoje, meus pensamentos mais claros, um semblante mais iluminado.
Estou aqui vendo, ele por-se , escondendo-se no horizonte, deixando a certeza de que quando eu precisar , ele virá, zelar por mim.


Cristiane, ensolarada.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Morre-se um pouco a cada dia e nasce-se um muito todos os dias!



Digamos que seria uma surpresa pré anunciada.
Se plantas banana, jamais colherás marmelada.

Senti que, existia um sentimento infinito de felicidade.
Senti que, muito daquilo, continuará não sendo verdade.

Rezando e dando uma dura em Deus...

Já pedi encarecidamente que livre-me de todos os cálices que não contenham o líquido que me seja destinado.

Já implorei, para tirar do meu caminho, o que não faz parte, do meu caminho.

Já revirei na cama, indignada, solicitei, mais atenção no meu caso.

Rezo e tudo que peço, é que eu arque com os meus atos, no mais, cada um no seu quadrado.

Prometo todos os dias, cuidar de mim da melhor forma, e exijo que o Senhor faça o mesmo.

Sei de meus desvios, ser abusada é um vício, mas acordo é acordo, eu por mim e o Senhor também.

O Senhor bem sabe, que não temos o mesmo gênio, não sei ser benevolente, não chego nem perto de sua bondade, logo, se me deixar sofrer novamente pelo que não me pertence, teremos uma conversa bem séria e não medirei conseqüências.

No mais, livrai-me de todo mal e do mau também.

Amém!

Cristiane, fazendo o sinal da cruz.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Em Tempo XII

Hoje, em um certo momento, talvez não tão o certo como eu digo aqui, mas meus olhos encheram d’água.

Não sei bem ao certo, ou se certo seria afirmar que, o motivo eu desconheço.
Vi uma imagem, li umas frases, vi minhas retinas quase se afogarem.

Solicitei um auxilio das pálpebras, no drenar.
Houve dúvidas, no deixa- las cair, êxitei  meu rosto molhar, quis recusar-me a maquiagem borrar.

Acreditei que respirar fundo, erguer bem a cabeça resolveria.
Bem, não foi uma ação sem total valia.

Hoje o que à tempos venho engolindo à seco, engoli molhado.

Sinto, não ter explicações para tais, reações.
Sinto, não ser a total verdade o que aqui se expõe.

Cristiane, tentando segurar as comportas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Falando pelos cotovelos.


Diz...
Eu não tenho o que dizer
Me faltam palavras, mas me sobram porquês.

Hoje falei, sobre querer e não poder.
Sobre o excesso de desejo e a escassez de objetivo, para eles.
Hoje falei muito, mas queria ter falado mais.
Agora me calei.

Sinto-me incapaz de verbalizar tudo , que aqui dentro vai.
Tenho sempre a impressão que o meu interlocutor, não vai entender.
Que jamais , falando de meus sentimentos, vou conseguir me expressar à contento.

Sendo algo tão meu, melhor guardar , calar.
Acho que ficar propagando, me faz fugir da realidade.

No entanto, diz-se por aí que quando se sonha com coisas ruins, tem que contar , ou os monstros se tornam reais, e vêem te pegar.

Meus monstros não aceitam adestramento, dormem no quarto ao lado, e nem sempre são sociáveis.

Estamos aprendendo a conviver, dia eles me causam taquicardia, outros assistem filmes comigo e comemos pipoca da mesma bacia.

Cristiane, procurando palavras ou seria caçando assunto.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Consumado* Arnaldo A. , Marisa M.,Carlinhos B.




Tô louco pra fazer um rock pra você
Tô punk de gritar seu nome sem parar

Primeiro eu fiz um blues, não era tão feliz
E de um samba-canção até baião eu fiz
Tentei o chá chá chá, tentei um yê yê yê
Tô louco pra fazer um funk pra você

E tá consumado

Fiz um chanson d'amour
Fiz um love song for you
Fiz uma canzone per te
Para impressionar você

Pra todo mundo usar, pra todo mundo ouvir
Pra quem quiser chorar, pra quem quiser sorrir
Na rádio e sem jabá, na pista e sem cair
Um samba pra você, um rock and roll to me

E tá consumido

Em Tempo XI

Eu venho escrevo e o tal desespero não passa.

Minto, até passa, mas volta, é... volta e meia, ele volta.
Quem passa também é o tempo, e esse é mais intrigante, para não dizer irritante, esse nunca volta.

Os poucos que me lêem, eu sei...
Vão pensar:- Quanto dilema , quanto melodrama, quanto bla bla bla.

Gente, ta bom eu sei, mas o que não sei é calar.
Incomoda, eu sinto
Cutuca, eu pulo.
Dói, eu grito.

Simples assim, ué!

Queria que já fosse carnaval.
Queria ter motivos, para sair pela rua aos gritos.
Aliviar a alma, me juntar à algum bloco, uns alegres, outros aflitos.

Sambar até, ter bolhas no pé.
Auto flagelo, com estilo.
Masoquismo, enredado ao toque de uma bateria bem ritmada.

Ainda leva algum tempo para o carnaval, vir ao meu socorro.
Nesse meio tempo, levo fé que, hora ou outra, venho ler esse texto com o sentimento de passado distante.

Por hora, o desassossego se faz presente.
De grego, mas mui presente.

Cristiane, com pré-sentimentos!

Calma alma ,minha,calminha.


Insensatez hoje é meu sobre nome.
Tenho vontades e minhas verdades me tolhem.
Zeca Baleiro, me ajuda no refrão...* calma alma minha , calminha*
Um rebuliço daqueles, de dentro pra fora e de fora pra dentro, incertezas.

Vai, que eu vou, né?
Vai, que eu fico, não é?

Seja como for, financiarei o tal pato.
Aja como eu agir, quem vai paga-lo sou eu.

Talvez eu tome um chá de erva cidreira, talvez eu me acalme.
Talvez a erva daninha da saudade que me assola, aplaque.
Existe ainda, a possibilidade de nesta mistura de ervas, que eu me cure desse sintoma, nem sempre passageiro.

Vai, que eu vá!
Vai, que eu não volte!

Aconteça o que acontecer, fica registrado hoje aqui , o meu possível , enlouquecer.
Seja, como se dê, fica dito por aqui, o meu não êxito , em esquecer.
A única certeza de hoje, é que amanhã outro sentimento vai me abater.

Posso até, não estar tão melancólica, como hoje.
Posso até, não estar tão sensível e extremista, como hoje.
A TPM, pode ter ido embora, me abandonando nas mãos das benditas regras.

Pensando bem acho que amanhã, eu estarei melhor.

Cristiane, com visto para o hospício.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Claudinéia...


Neinha, para os íntimos e os não tão íntimos também, porque quando nos referimos à ela, sempre estamos falando com e da mesma pessoa.

Para que fique claro, direi claramente, que se há pessoa mais transparente que ela, encontra-se em outro condado.

Nem mesmo que eu me esforçasse muito, eu conseguiria mostrar-me humilde ou tímida, e lançar a tal frase: - Ai nem sei o que dizer para VOCÊ!

Bem, amiga, sinto muito, mas eu sei exatamente o que lhe dizer.

Obrigada por SER e ESTAR em minha vida.
Por fazer tanto, pelos que eu TANTO AMO!
Por me abraçar, quando eu mais preciso e quando eu não preciso também.
Por dividir essa família MARAVILHOSA comigo, sem ciúmes, sem mesquinhês, sem cobrança.
Por me permitir dividir minhas lágrimas e TODOS os meus sorrisos com VOCÊ.
Por partilhar das minhas inúmeras e loucas idéias e pautas sobre essa louca vida.
Por me benzer.
Por me repreender.
Por me acolher.
Por nem sempre sutilmente, me mostrar muitas outras opções, quando eu quebro a tecla da pirraça de tanto bater nela.
Por me mostrar uma religião onde, a obrigação é sempre opção.
Por me amar, por amar os meus, os seus e os nossos.

Sobretudo por se deixar amar, por mim, pelos meus, pelos seus e pelos nossos!

Conte comigo, porque inevitavelmente eu conto com VOCÊ!

Que Oxalá, nos permita estar juntas para nosso todo sempre!

Parabéns, por mais esse ano de vida!
Parabéns, pela profissional, mulher e pessoa que VOCÊ É e se torna a cada dia!

Cristiane Gonzaga
25/10/2010

Boto meu povo na rua*** Mart'nália***Composição: Arlindo Cruz!




Pra te ganhar
Dei sujesta em vagabundo
Dei a volta pelo mundo
Eu mergulhei fundo sem medo de errar
E você fica nessa querendo esnobar
Meu amor que é tão profundo
Ta na hora de parar com isso
Eu jogo um feitiço pra te apaixonar

Tomara que você me entenda
Ou eu faço oferenda
Pro meu orixá
Já é hora de parar com isso
Ou eu jogo um feitiço pra te apaixonar

Eu escrevo teu nome menina
E despacho na esquina
se o santo mandar
ta na hora de para com isso
Ou eu faço feitiço pra te apaixonar

Eu boto um litro de cachaça
Farofa de mel e dendê
Na rua onde você passa
Feitiço pra amarrar você

Que a minha vida não tem graça
Não quero/posso mais viver assim
Então deixa de pirraça
Eu quero teu amor pra mim

Se até dez horas da noite você não voltar
Eu boto meu povo na rua pra te procurar
Se até dez horas…
Se até dez horas da noite você não voltar
Eu boto meu povo da rua pra te procurar

Minha paixão é verdadeira
Eu quero você por inteira…

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vai e vem de emoções...


Senha por favor, peguem senha...
Será necessário, por ordem na casa.
Esse vucu vucu, não dura.

Atenção, Senhoras e Senhores, um momento de sua atenção.
Sem tumulto, por favor sem confusão.

Querem entrar, sejam educados, localizem-se na fila.
Aguardem sentados.
Aceitam um café?

Tenham paciência, que todos serão atendidos.
Não prometo, resolver e satisfazer à todos, mas todos serão ouvidos.

Por favor cessem os gritos.
Os desatinos, os escândalos e as ameaças.
Cheguem, até vão, mas com calma.

Darei prioridade aos sentimentos mais danificados, necessitados, aos que chegam á mim quase arrastados.
Em seguida, os que me chegam quase parindo, afoitos, já gestados.
Por fim, aos que eu desejei rejeitar, esquecer, desmerecer.
Sim, se prometerem não me enlouquecer, eu darei a minha ainda melhor atenção.

Me poupem de desejarem que eu os receba e me despeça de todos, de uma só vez, em um só momento.

Meus caros, sentimentos, parcelem-se pra mim, please!

Cristiane, tentando organizar sentimentos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em tempo X


Escrevi um texto apelativo.
Demonstrativo.
Expositivo.

Li e me arrependi.
Deletei, saí da frente da maquina.
Chorei.

Meus dedos me traíram.
Mostraram mais do que deviam.
Não me deixaram guardar , meus segredos.

Delataram-me .
Quebraram regras.
Serão punidos.

Forcei-os à voltar atrás.
Deixar o dito pelo não dito.
Desmentir o que não tinham, autorização para contar.

Reescrever uma mea culpa , na seqüência.
Achar um outro assunto para emendar.
Um tapete para acobertar.

Estão avisados.
Ainda que meu coração, não lhes dê paz, batendo mais do que devia, incomodando-lhes dia a dia.
Não lhe dê ouvidos, deixe ele desritmar, ameaçar enfartar.

Façam ouvidos mocos, dêem de ombros e façam valer a minha vontade, não cedam ás investidas, desse louco.

Cristiane, de sobreaviso!

A Gente Faz a Festa *Exaltasamba



Ela curte um funk
ela é de balada
ela gosta da Night, ela é de beber
Dá um rolê junto com as amigas
e só volta pra casa ao amanhecer

Vive a vida tão intensamente
não vejo maldade é so curtição
Quando a gente ama não vemos defeito...
Ela é a dona do meu coração

HEY HO HEY

Quando existe sentimento
a gente vê por dentro
a gente chuta o balde
a gente faz amor
Tudo é tão perfeito, puro e verdadeiro,
tudo é cem por cento quando existe amor

Se faltar dinheiro, o amor intera
em qualquer momento o amor é professor
Quando existe amor, fidelidade impera
tudo dá saudade, nada causa dor.

De dia ela que dá um trampo
de noite sou eu
e mesmo com o desencontro a gente se escolheu
feito o sol e a lua a história continua
nosso romance com certeza foi Deus quem escreveu

E mesmo com tanta fofoca
a gente ta aí, se amando e se respeitando pra não destruir
Tanto entrosamento, vamos ser exemplo
de amor e honestidade sem se dividir...

A gente se completa,
a gente faz a festa,
de dia ,de noite, no carro, na rua.
Tudo de bom, beleza pura.

A gente se completa,
a gente faz a festa,
de dia, de noite, no carro, na rua.
Quando é paixão ninguém segura.


****Como dizia naquele samba enredo: Sonhar não custa nada!
E viva a diversidade... de Chico à MC Catra!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Após algumas voltas, estou de volta.



Sei que volta e meia, me perco , me acho, e volto.

Sei que muitas vezes penso em não voltar, mas dificilmente me passa pela mente o não ir.

Sei, descobri com o tempo que meu lugar é aqui e muitas vezes ali.

Sei, gosto do aconchego do voltar, mas me faz um bem danado o arriscar e ir.

Sei, vou , volto e tudo não é mais como era antes.

Sei, tem pessoas que não mudam, mas me acalenta saber que coisas transmutam.

Sei, voltei e a minha velha cama, hoje esta *nova-mente macia,minha pantufa mais clarinha, meu pijama que quando fui era surrado, hoje ficou mais fofinho.

Sei, gosto das voltas que dou, mas me faz feliz saber que meu porto seguro ficou.

Sei, que quase nada Sei!
Sei , que muito nunca saberei!
Sei, que seja como for, irei!
Sei, que me basta estar aberta ao saber!

Cristiane, sem muita sapiência!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Estou de partida, inteira, mas partida.



Não devo demorar, é uma ida rápida, saio do meu eixo, mas já devo voltar.

Nada parecido com uma volta ao mundo, não, ainda não!

Devo me libertar nos próximos 20g, rodopiar nos 60g, me entregar nos 80g, enlouquecer nos 90g.

Nos intervalos ímpares, vou cometer desatinos, loucuras e algumas sanidades que só lá eu poderia me dar ao luxo.

Simples é viver, fazer acontecer é luxo para poucos, creia, eu creio em mim!

Fazendo de tudo para sair do eixo, vou sentir alguma saudade nos 120g, sofrer nos 180g , chegar próximo ao êxtase total nos 220g, urrar, gemer e sorrir um riso solto nos 300g e sensata saber que é hora de retornar aos 360g.

Deixarei uma porta sempre aberta, uma janela sempre escancarada( nunca se sabe,quando podemos ser sabotadas), para uma possível, volta.

Em mim, tudo importa, vou, mas volto.

Cristiane, viajando!

A música *&*




Toca Maestro, aquela minha música, toca sem intervalos, toca, ela me toca.

Eu a conheço estrofe por estrofe, partitura por partitura, toca maestro, aquela minha música.

Nem todo mundo gosta, nem todo mundo entende, mas ela é minha, me toca.

Tem ruídos no meio, instrumentos inusitados, um coro animado, iniciando em dó, ré, ou mi, toca Maestro toca...

Se tocar, vou bailar, dançar a noite toda, quando terminar, não para, não vá embora, quero amanhecer dias, rodopiando no salão, toca vai Maestro, me toca!

Pretendo não deixar a fadiga me pegar, me impedir de aproveitar cada nota, cada acorde, ainda que o sono venha, vou ouvi-la em alto e bom tom, o som da música que me toca.

Toca Maestro, toca-me, me toca!

Cristiane, bailarineando!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sei que vai sentir saudades...





Seja lá como esse sentimento lhe chega, sei que chegará.

Como eu posso ter tanta certeza? Intuição, de fato, ego inflado.

Vais ver um casal de mãos dadas e vai lembrar de mim, vai lembrar que vai tempo, que nossas mãos não se encontram.Se não você, sua mão vai sentir saudades de mim.

Vais assistir à um filme com alguém e vai lembrar de mim, vai lembrar que vai tempo, que nossas frases não se completam.Se não você, seu intelecto vai sentir saudades de mim.

Vais ligar para alguém e vai lembrar de mim, vai lembrar que vai tempo, que não me ouves sem que eu queira falar. Se não você, seu senso de humor vai sentir saudades de mim.

Vais, amar alguém e vai lembrar de mim, vai lembrar que vai tempo, que não me amas. Se não você, se não eu, se não nós!

Cristiane, achando que vai tempo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Deus te Proteja de Mim **Wando*




Deus te proteja pela onda de alegria que me invade todo dia
quando encontro com você
Deus te proteja pelo beijo de pecado, tão gostoso
e tão levado tão molhado de prazer
E toda vez que você cruza meu caminho eu esqueço que sozinho
eu nasci e vou morrer

No teu olhar eu vejo um mundo tão bonito tenho fé
e acredito e deixo o amor acontecer
Vem me seduzir, me confundir me agradar, você é louca
eu sou mais louco que você
Vem brincar de fogo me queimar e se queimar, queimando juntos
a gente pode se acender
Eu não vou deixar de amar por medo de sofrer
se você quer me dar quero receber
Vinho proibido de uma safra especial que me embriaga,
me alucina e não faz mal.


Deus te proteja pela falta de respeito do meu corpo no teu leito
quando a gente faz amor
Deus te proteja por meu jeito atrevido que provoca teu gemido
mas de gosto que de dor

O teu vestido esconde a parte mais formosa, peço a Deus fêmea gostosa
que o amor guardou pra mim
Repete e fala essas loucuras sem sentido bem baixinho em meu ouvido
me dá mais que eu quero sim

Vem me seduzir, me confundir me agradar,
você é louca eu sou mais louco que você
Queimando juntos a gente pode se acender
Se você quer me dar eu quero receber
Vinho proibido de uma safra especial que me embriaga.

Haaaaaaaaaaa, Wando, isso é um clássico, não deixa à desejar, nem para o Chico !
Adoru!

Em tempo lX.


Mantenho uma fome que não cessa ,não passa, não apazigua, não acaba.

Tenho a impressão que estou sempre vazia, ainda que alimentada, obsessão, seria minha falha.

Mesmo com a sensação de empanturrada, sinto fome de algo, me incluo na coluna dos necessitados.

Um desejo insano, de algo que me preencha, de forma tal, que eu não cobice o alheio, não deseje o do próximo, não meta os pés pelas mãos,cometa apenas alguns e não todos, dos tais 7 pecados.

Há que se ter anfetaminas para sentimentos, seria de bom tom , ter agora uma sensação de saciedade, ainda que induzida.

Por mais que eu tenha, por mais que me dêem, eu preciso de mais.

Abasteço-me e segundos depois , tenho crises horríveis de inanição, Valei-me meu São Bento da Desnutrição.

Olhai por mim, olhai pelo meu desejo de sermos nós.

Cristiane, faminta !

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O meu amor, não me cabe!



Minhas artérias inflam, meu corpo dilata, meus olhos chegam a esbugalhar.
Não sou recipiente suficiente, para o meu amor.

Chega à incomodar!
Expande, explode, desaba.

O meu amor, vaza de mim, transborda, inunda, deságua.
Sufoca, me afoga, nunca...nada!

É Tamanho, que gigantescamente não o acolho.
Tento represar, embalar, armazenar.
Estoco, embrulho, compactuo!

Vejo todas as tentativas sendo em vão.
Vejo parte dele indo pelo ralo, frestas, buracos, janelas, vãos.

Bate um desespero, de ver algo tão meu esvaindo-me.
Mas se não tenho como acomodar, seria egoísta massacra-lo.

Uma dualidade que transcende, minha vã realidade.
De longe diriam, eu sei, para não me preocupar.
De perto, diria eu, devolva o que é meu!

Egoísta de nascença com ascendente no egocentrismo, sofro com cada fagulha que se vai.
Me incomoda, saber que perco um tanto dele todos os dias.
Não me importaria de viver obesa de amor.


Cristiane, excedendo amor.

Antes que finde.



Corri aqui pra não deixar Setembro ir, sentindo-se desmerecido.
No fundo, no fundo, desejo que vá, mas que saia como entrou pela porta da frente.
Vá tranqüilo, estarei bem!

Aprendi a me virar sozinha.
Não tarda, logo estabeleço uma forma de reciprocidade com Outubro!
Entre uma criancice aqui, outra ali, acho que o conquisto.

Creio não encontrar dificuldades, para levar o relacionamento à diante.
Fazê-lo dar bons frutos, render felicidades, ultrapassar dificuldades e na ida deixar saudades.
Boa vontade, muito desejo, créditos de amor!

Vou deixar Setembro ir, ainda que eu tenha alguns sentimentos para com ele.
Reluto, mas ao final, entendo sendo o final.
A facilidade ao me apegar, inexiste em mim, por isso, sofro com algumas partidas.

Nem tudo desejo que fique, nem tudo gostaria que fosse!
Acho que já disse isso, incoerência é prima querida.
Ficarei no portão acenando sua ida, esperando Outubro, atravessar a rua, achegar-se!

Ainda em meados de Outubro, eu sei, eu me conheço, estarei saudosa.
O perfume das flores que Setembro me deixou, vão fazer com que eu deseje não esquece-lo.
Sei de mim, sou dada ao apego.

Deixarei Setembro ir, com lágrimas nos cantos dos olhos, receberei Outubro com o meu melhor vestido , salto e sorriso.
Que chegue aberto a me receber da forma que faço por merece-lo.
Que me dê, acrescente e leve de mim, o melhor que lhe servir!

Cristiane, nostalgica.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Em tempo VIII




Não me siga, eu sou contraditória.
Me perco e volto na contra mão.

Uso desvios, abuso da velocidade.
As vezes, simplesmente passeio nas marginais.

Avanço, sinais fechados.
Desentendo as leis, questiono quem as fez.

As regras não me seguram .
Em algumas paradas, eu não desço, o (c)sinto me segura.

Incoerente, tão livre e tão preza.

Cristiane, metaforiando.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Na medida do impossível...




Se é que sou capaz de medir.
Somar sem subtrair.
Dosar, não me embriagar.

Transbordo, com a simplicidade do abrir os olhos.

Excedo, sempre.
Meço, mas não abdico.
Me lambuzo, entorpeço.

Exagero, com a simplicidade de quem usa um conta gotas.

Quantidade é detalhe.
Ir é obrigação, voltar opção.
Tenho uma ampulheta, automátizada.

Derramo, com a simplicidade de quem dá um bom dia.

A hora de Brasília, não me guia.
A insistência da chegada da noie e a ida do dia, não me intimida.
Chego, mais dia, menos dias.

Sobressaio, com a simplicidade de quem sorve um gole de água.

Desmereço, a ortografia.
Sofro o amor, com as preposições acidentais.
Procuro o amor, com as preposições essenciais.

Dói ...
Para, per, perante, por ...
Cadê...
Durante, conforme, exceto...?

Cristiane, em dias desmedidos!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Taquicardia...


Eu estava, aqui, inquieta, centrada, calada, ainda que com a mente bem povoada.
No meu canto, no meu meio, dentre aos meus desencontros.
Dentro, in, ... quieta!

Em meio à tormentas e transbordos, eu estava um tanto, tranqüila.
Seguindo a vida, fazendo valer meus dias.

Mesclando, felicidade e fantasias, transformando meu presente, ingerindo goles pequenos de nostalgia.
Tomando banhos demorados, esfregando bem meu corpo , desejando tirar algumas crostas do passado.

O que a água não leva, o coração guarda!Respeito a sapiência do meu coração, quer guardar, tomarei cuidado para manter o local arejado.

Vem você, vem sua voz, me dar bom dia!
Me surpreende, me fala de avisos do céu, compatibilidade, casos, acasos, saudade e poesia.

O sol que hoje chegou comigo, promete se fazer presente, mediante este presente, por todo o dia.

Eu que acordei toda in...trospectiva, caminho para uma tarde ao som de violinos e atabaques.Vou assim incoerente até findar o dia.

Bailo solta no jardim do ego inflado e sambo no terreiro da fantasia.

Que me chegue sempre, assim da noite pro dia!
Que eu, me enfureça nas idas!
Que eu, te perdoe nas voltas!

Cristiane, surpreendida.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Preparando-me !


"Que tempos difíceis eram aqueles: ter a vontade e a necessidade de viver, mas não a habilidade."
charles bukowski




Disseram que tudo passa.
Um dia acordei e quis dormir de novo...
Já que ia passar, quis assistir o próximo capítulo.

Fiz isso, uma, duas, três vezes e na quarta levantei.
Afinal, quinta estava próxima , eu precisaria correr muito com tudo, para não botar a sexta e o final de semana todo á perder.

Cheguei à dura conclusão que, passar não vai me bastar.
Necessito de algo mais e até, mais do tal algo.

Tenho escutado mais o que me dizem, confesso antes eu ouvia, mas ao peneirar, muito saia e muito não ficava.
Em verdade, de tudo que fica hoje, nem tudo uso, mas deixo lá, criei um arquivo, nunca se sabe o dia de amanhã.

Acho que C.Bukowski, partiu desta para uma pior, sem a tal habilidade.
Tenho algum receio que isso se dê comigo!
Talvez com alguns goles à menos que ele, uma pele melhor cuidada, mas terei que me policiar, o ácido do questionamento que o corroia, também corre em minhas veias.

Talvez com um pouco menos de glamour, talento, fraquezas e vícios.

O ar seco, de alguma forma me abala, em se estando em um momento de sentimentos *open*, acho de bom tom manter um umidificador e um porteiro atento.
Tenho a impressão que é hora de selecionar, qualificar a entrada e a estadia, dos que ousam se arriscar.

Não tome pra si ( como diria um antigo desconhecido), não pegue pra você. Quem já esta, vai saber suportar as variações climáticas, o desejo é melhorar .

Também não desejo parecer promíscua, muito menos desmerece-lo, fique, não precisa se retirar, apenas, esteja *open*, como eu estou , para novas possibilidades.

É possível que tudo isso, seja apenas frescos alardes, ataques de segundos findados, ou falta do que falar.

Cristiane, reparando que meu mundo esta ao contrário.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Entre nós...



Mais uma semana entre nós...
Entre eu e você, podia ser um laço, mas é um nó.
Merecíamos que fosse até um traço, mas é um nó

Sei para nós, o que importa é o enroscarmo-nos!
Sim, entre nós, indo e vindo, somos quase sempre os mesmos.

Não adianta piscar pra mim, sei que nem todos os nós serão desatados.
Nesse ata e não desata, eu cá, você lá, uma semana no meio, bem entre nós.

Faço conta de presidiário, cada vez que vais, eu risco o calendário!

Nem me vem com esse olhar, com essa malemolência toda.
Me chega assim, cheio de nó-ve horas, eu me deixo enlaçar.

Entre nós cegos, ou bem avisados, cá estamos, reiniciando.
Vai eu, fica você, de mansinho continuamos nós.

Pode ir que essa semana não tarda a passar.
Espero como quem vai parir o primogênito, como criança que espera o Papai Noel.

Não me prometa voltar, apenas, cuide de nós!

Cristiane, entrelaçada em nós!