segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O Que Tinha Que Ser Tom Jobim



Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher.

Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

730!




Hoje  Pablo Neruda, fez-me companhia.
A memória já não é mais a mesma, mas existem trechos, que ainda sou capaz de declamar.
Tem uns que ficam esgrouvinhados, aguardando o momento de se mostrar.
Outros, que  minha memória abriu mão, não desejei guardar.

...Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!...

...Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris... (Pablo Neruda)

Haa Neruda, queria ter este na memória, com totalidade.
Mas vejo que, basta-me o trecho.
Basta-me meu entendimento, sobre ele.
Basta-me saber, que estamos unos, por partes.

Por tato, olfato,  alguns dias, algumas estações do ano.
Por ironia do destino, por desejo e o unir dos nossos quadris....
Suspiro...
Suspeito!

Com tanto por vir, vamos excluindo os medos.
Fazendo planos, alicerçados com os tijolos dos castelos do inicio.
Apostando cada centavo.
Investindo nisso.

Cristiane, 730 dias depois.


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Descansar?!



Não descanse até que, ele chegue.
Até que você tenha certeza, que é ele.
Até  que ele venha, te completar.

Não, você não está pela metade.
Não, você não vive mais ou menos.
Sim, quando ele chegar, o que era ótimo, vai melhorar.

O não descansar implica em, não deixar a vida passar.
Mover-se, locomover-se, ir a todo e qualquer lugar( que se queira chegar).
Mesmo sabendo, que ele não estará lá.

Você vai se relacionar, apaixonar, até amar...outros.
Você vai sofrer, descabelar-se e maldizer o amor.
Depois vai se recompor, retocar a maquiagem e tentar de novo.

Porque enquanto ele não chega, você se achega.
Vive intensamente, acumula milhas, vira o velocímetro.
Você cresce, aprende e se acresce.

Porque depois,  que ele chegar.
Vai ter dualidade, algumas vezes divide-se tudo, outras tantas... sente-se tudo dobrado.
Quando ele chegar,  vai ver que é ilusão, o querer descansar.

Cristiane, achando que dá um trabalho danado amar.




sexta-feira, 10 de junho de 2016

Feliz dia do Mi mi mi!!!



Declara-se aberto, o dia do mi mi mi.
Eu que tanto já ameacei, julguei e blasfemei.
Que tanto fiquei de mal, de São Toninho.
Agora, mi mi mis à parte, somos amigos.

Desta vez, não vou ficar de fora.
Não vou fugir ao script, vou ser o mais clichê possível.
Já estou desenhando, um enorme coração.
Penso em contratar banda, jogar bexigas, lá de cima, de um balão.
Jantar à la carte, me empanturrar de chocolate.

Virar a incendiária, das velas perfumadas, gastar um bom dinheiro, com uma lingerie ousada.
Fazer reservas, e ainda assim, enfrentar filas.
No outro dia, ter dores no corpo todo, após ter tentado reproduzir o Kama sutra.
Mesmo não tendo mais idade, para orgias.
Vou comemorar o dia do MI MI MI,  com maestria.


Cristiane , mi mi miando.

Meu caro, São toninho...




Custou, mas nossa parceria se deu.
Cada um, fazendo a sua parte.
Mesmo eu sem paciência, esbravejando.
O Senhor me atendeu.

Foram, tantas acusações mútuas.
Até agressões físicas ( se tivesse labirintite, morria).
Eu não sabia bem o que queria.
O Senhor, não sabia o que faria.

Doravante, pacto do bem viver.
Obrigada por me atender.
Todo dia uma oração.
Sempre que cabe, um amo você!


Cristiane, agradecida. 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ata-me!



Pensando bem, olhando além...
Por tantas vividas, por tantas passadas.
O ímpeto é correr.
Ata-me!

Desta vez, penso em fazer morada.
Desta feita, desejo estar presa.
Por corpo, mente e alma.
Ata-me!

Assim o risco de ir-me, fica nulo.
A entrega explicita.
Sua vontade, acolhida.
Ata-me!


Cristiane, atada!

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Releitura.



Sabe aquele vazio?
Aquele oco, que se fazia em meu peito?
A falta do excesso?
Aquela pessoa, que vivia em busca de sentimentos regressos?

Então...
Não habita mais em mim.
Não sou mais moradia, de rancor.
Estou livre, liberta por amor.

Meus olhos ainda vazam, de emoção.
Meu peito ainda transborda, por excesso de atenção.
Meus gestos, estão mais morosos, amorosos.
Minha vida, mais tranquila, sou sua...
Quem diria?

Cristiane, re-escrita.


quinta-feira, 28 de abril de 2016

A frase, não dita.



E nem...
Dissemos  ainda.
Aquela frase, que é sempre esperada e usada.

Que com frequência, é expelida.
Algumas vezes, pensada.
Outras tantas, cuspida.

Não sei se, estamos nos resguardando...
Aguardando, a recíproca.
Ou se, ela nem precisará ser dita.

Mas aprendi, aos pouquinhos.
Que nem sempre ela chega, falada.
Muitas vezes chega, sentida.

Cristiane, achando que está chegando a hora.


Crescendo!



Hoje eu não quis, deixa-lo ir.
Já adormeço, em seu peito.
Meu bem querer, já faz morada ali.
Estou livre de alguns medos, sou mais forte, em ti.

Nem precisa ser, para sempre.
Nem carece ser, todo dia.
Basta-me, esses momentos.
Este acréscimo de vida, na minha.

Tenho alternado, a sua falta.
Com o excesso, de você em mim.
Tenho, vivido no aguardo.
Desta sensação, crescer, deste desejo não ter fim.


Cristiane, envolvida. 

sexta-feira, 11 de março de 2016

Águas em Março.



São as águas de Março, lacrando o verão.
São promessas, fantásticas, no meu coração.
Hoje canto, para não deixar passar, para propagar.
Tenho tantos sentimentos bons dentro de mim, que fatalmente...
Vão sobrar, vou doar, estocar, reutilizar.

Chove lá fora, mas eu aqui dentro sou calmaria.
Ter as rédeas de minha vida em minhas mãos, foi sempre a melhor escolha.
Hora ou outra uma chibatada pega em mim, mas acordo,  sigo e volto a sorrir.
Tem sido assim.

Sei, foram tantas vezes, que ele veio e eu não pude ir...
Que ele deve ter retirado meu endereço do roteiro...
Mas...
Avisem ao  Sr.Noé, caso ele tenha desistido de mim:
Tenho par, agora posso ir!

Cristiane, renovando o passaporte.



quarta-feira, 2 de março de 2016

Um daqueles dias!!!



Alguns dias, tem sido assim.
Eu cuido dele, ele cuida de mim.
Nunca procurei, porque nunca achei que tinha perdido.
Ele chegou e fecha comigo.

Hoje não tem mimimi!
Se fizer as 4 estações, tenho regata, galocha, echarpe e flores à mão.
Hoje, meu time ganha, acerto no bicho, a multa não chega, mesmo eu na contramão.

Não haverão créditos, que nos valerão.
Vou ligar o dia todo, quero sua atenção.
Se eu pudesse, parava o tempo, nesta manhã!

Acordei diferente, acordei amando e sendo amada.
Tinha luz no meu quarto, tinha  luz em mim.
Tinha Ele, ali.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

547



Nem, era pra ser.
Por picuinha.
Pura falta, do que fazer.
Vai entender...

Até recusei.
Até recuaste.
Mas...
Tinha um querer!

Acendeu-se uma chama.
Te senti, tremer.
Tive medo!
Porém, quis você.

Não nos escolhemos...
Nem era para ser...
Hoje  vives em mim.
Vivo em você!


Cristiane, 547 dias depois.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Queimando a largada!



Não consegui me guardar para, quando o  carnaval, chegar.
Fui extravasando, sambando, beijando antes.
Fui vivendo,  gritando, chorando e rindo...
Eu, não soube  esperar.

Minha vida é assim, hoje eu sambo, descambo.
Amanhã, recomponho-me .
Tiro a tinta do corpo,  pago o preço, sofro.
Levanto e ando.

Ainda tenho um restinho de confetes, um rolinho só, de serpentina.
Saí aí pela vida, pulando e  distribuindo simpatia.
Seu Chico Buarque, caso eu precise, terá para me emprestar?
Desculpe, eu não soube me guardar,  para quando o carnaval chegar!

Eu nem vou tentar te enganar. Eu não tentei me guardar.
Nem saberia economizar, poupar-me.
Para mim, todo dia é carnaval.
*Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa acabar, deixa o barco correr!*


Cristiane, com os trabalhos, sempre abertos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

...e se não morro de amor. Vivo dele.



Não me desculpe.
Eu não saberia ser de outra forma.
Só sei amar, à 220 graus.
Estando na linha de tiro.
Correndo algum perigo.

Não aprendi  estar,  em segurança.
Não sei aceitar a escassez.
Minha meta é a bonança.

Por mimo, por arrogância.
Por querer e achar, que mereço mais.
Fecho os olhos,  tenho visões deturpadas da paz.

Se não for,  no meu tempo?
Pelo de quem eu deveria me guiar?
Só assim, eu sei amar.


Cristiane,  sempre quero mais.