Sobre ciclos
da vida... que eles começam sem Ata de reunião, hora marcada, sem eu ser
informada e terminam sem aviso prévio.
Ela chegou,
mansa, afetuosa e nunca menos geniosa, dando indícios do por que veio. Invadiu
minha vida, da minha família e tomou meu coração pra si.
Fez refém os meus melhores sentimentos, teve de mim os melhores agradecimentos,
merecidamente, sem pretensões maiores, fez-se em mim um dos meus amores,
maiorais.
Não éramos baú,
e toda fofoca era bem vinda e nossos segredos juramentados, mas sempre
contados.
Foram tantos
ensinamentos, que pretendo não decepcionar.
... e na
nossa melhor negritude, éramos tão claras uma com a outra, que hora e outra,
tínhamos nossos atritos, e saía faísca, e essa faísca acendia e mantinha a
chama do nosso nos querer bem...bem acesa. Amém.
Ela jogava
no meu time, torcia pra mim, apostávamos uma na outra e Páh... ganhávamos sempre.
Respeitava minha religião e acreditava que todo dia era nosso dia Santo e de
Santo. Trocamos alianças, nos alinhavamos. Minha amiga de infância, minha
parceira de lambança. Uma das minhas mães, quando a minha precisa que alguém
cuide de mim, como só ela cuida.
Tínhamos
nossas coisas... estranhas, nos estranhávamos, mas não éramos estranhas uma a
outra. Tínhamos nosso escambo particular, Velas vão, alfaces vem... Deus...
como nos dávamos bem!
Todos os meus
eram Dela, todos os dela, são meus!
Nós não tínhamos
limites... igual o cartão Dela. Agora sou
mais pobre... ainda bem que eu sabia que Ela era uma das minhas riquezas... eu
sabia!
Hoje o
textão não terá fim... eu vou parar pelo meio, como a vida fez conosco...
Para eu
agradecer, Oxalá Meu Pai, o privilégio de Tê-la em minha vida, comigo ...
dentro de mim....
Hoje eu paro
por aqui... sem conclusão, sem ponto final, sem frase de efeito.
Quero deixar
em aberto, poder acrescentar sempre que
couber, o meu eterno agradecimento
Segue linhas
infinitas em branco....
Cristiane
Gonzaga, Amiga,
filha, Parenta, Coléga e parceira da Fulana