terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Perdi a mão...




Não sei mais, descrever meu sofrimento.
Não consigo escrever minha dor, e doía...
Findaram-se as lamúrias, que cabia tanto e bem, em meus textos.
O maldizer o amor, aquele com quem eu sempre estive, mas nunca fiquei.

A tal paixão que me arrebatava, mas nunca era para mim...
Nossa, essa ornava, rimava e fazia-me discorrer, sobre esse sofrimento com maestria.
Gostava dos trocadilhos, das injúrias lançadas, do só por hoje e nem mais um dia.
Do dar por mim, que estava fadada, que assim viveria e morreria.

Questionava tanto a dor do amor, o excesso que me tinha...
A falta que me fazia.
e...
Eram tantos pesares, carregava o fardo do amar sozinha.
Que em algum momento, aliviava, anestesiada eu sorria e simplesmente...escrevia.

Muitas vezes com lágrimas nos olhos, tronco,  membros e coração.
Outras tantas, apática, sem fisionomia.
Mas eu me sentia à vontade, para repassar por escrito, essa sensação fantástica, que o mau do amor me trazia.
e...
Sentia-me tão bem, era uma satisfação notória, conseguir escrever o sentimento de  amar incondicionalmente, sem ter a quem.


Concluir, que lá se foram minhas destrezas, minha facilidade em contar, a falta que o amor me fazia.
Acarretam algumas conclusões, que antes eu jamais escreveria.
Que hoje não posso mais, dizer que me falta atenção, sexo em fúria e amor em calmaria.
Que amo e sou amada, a ferro e fogo e não mais...
A pão e água.
Quem me diria?!

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