quarta-feira, 10 de abril de 2019

Barril de pólvora


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Nem tente...
Não me chame para um café.
Posso te induzir a um cigarro.
Assim, mandamos tudo pelos ares.

Não se iluda. Não nos iluda.
Meu semblante, não mudará, com uma boa leitura.
Hoje, nem mesmo meu poeta preferido.
Hoje, nem mesmo Neruda.

Pelo amor que tens, aos teus globos oculares.
Não, me olhe, não me toque, se toque.
Estou por pouco, estou por um fio.
Vísceras, hoje, seriam lanchinho.

Prestes à explodir, não verifiquei a mangueira do gás.
Não conferi, os botões do fogão.
Hoje, gestos simples...
Como... um dedo no interruptor de luz, uma água quente para um chá...
Pode nos findar.

Cristiane Gonzaga, pavio curto.

Contas de Abril.




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Quando nada se encaixa.
Mas não é tempo de reclamar.
Pergunto, com as mãos na cintura;
-  Quando será?

Quando você confere, item a item.
e...
Falta muito do pouco, solicitado.

Em fase de balanço.
Quando a conta não fecha.
Você bate?

Que mesmo, quando predisponho-me a fracionar...
Subtrai, divide, multiplica-se.
Mas pouco se vê, somar.

Deixa estar...
Que Abril, não tarda a findar.
Breve, dou tchau ao inferno astral.
Aperto o reiniciar.

Cristiane Gonzaga, infernalmente nesse astral.

Azeda


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Vou me valer da data, zodíaco, ciclo e eleições passadas.
Justificar-me-ei.
Ando e paro-me azeda.

Minto ao afirmar, que tento acalmar-me.
Respirar.
Falácias.
Não, eu não quero paz.

Eu quero guerra.
Gritar, espernear, esbofetear.
Mesmo não sendo dada, à agressões.

Posso não olhar, que tenho mal estar.
Porém, hoje, hoje, quero ver sangue.

Constato, que nenhum adocicar, me cabe.
Que nenhum apaziguar, resolva.

Quando azeda, levanto e penso:
Mate ou morra.

Cristiane Gonzaga, sem açúcar e sem afeto. ( Desculpe Chico)