quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tomando uma!


A gente toma uma, pra esquecer.
Em memória de...
Pra comemorar, pra espairecer.

Quando, encontra os amigos.
Às vezes o vazio é tanto, que a gente toma uma sozinho.
Tem dias que, bebemos quietos.
Tem dias, que tomamos aos gritos.

Em dias quentes, pra refrescar
Em dias frios, pra esquentar.
Em dias mornos, pra alegrar.

Um vinho, pra massa.
Uma cerveja, pro petisco.
Uma branquinha, por vício.

Tem vezes que, uma leva à outra, aí deixamos descer.
Umas e outras, pra enlouquecer.

Umas, no reencontro.
Outras, nas despedidas.
Umas, pra celebrar.
Outras, pra maldizer a vida.

Pra se embriagar, relaxar, divertir.
Brindamos à vida, amizade, saúde e lá pelas altas horas, tudo que esteja à nossa vista, será lembrado e brindado.

Cristiane, deixando uma pro Santo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para quando, você não me ligar.

Eu sei, você reduziu as ligações.
Ontem, não me acordou, hoje não me deu boa tarde, não!
Está bom, já desintoxiquei, já sinto falta.

Você me mal, acostumou.
Ès responsável, pela subsistência do teu alô.
Gostava de ser mimada, sem te dar retorno.
Sem valorizar, a troca.

Eu sei, eu erro, eu errei, perdão.
Não gosto, quando você não me paparica.
Quando, não liga 3 vezes ao dia.

Não se iguale a mim, não.
Deixe, somente eu falhar nessa relação.
Cumpra sua promessa, não me larga não!

Basta de castigo, vou me remediar, jurar, não juro não!
Eu me comprometo, vou te ligar sempre que você não ligar pra mim.
Mas prefiro que me ligue, me procure e me ache.
Acha?!

Se eu atender, correndo, se não houver tempo...
Se eu nem atender, muito menos retornar ...
Se eu depois de muitas ligações suas, não me tocar...
Ainda assim, liga, procura, acha!

Cristiane, reconhecendo falhas!

Idas e Vindas!



Quando chegar, acenda a luz.
Vou me assustar, mas vou te reconhecer.
Não chegue devagar.
Bata a porta, faça barulho, deixe o cachorro latir, deixe o gato correr!

Deixa, eu saber que é você.
Que chegou, para me desorganizar.
Que provavelmente, vai me irritar.
Vou brigar, amar e jurar nunca mais te ver.

Que da mesma forma que chegar, irá.
Fazendo bagunça, deixando-me bagunçada.
Mexendo em tudo, deixando-me mexida.
Venha, alardeando, sua ida.

Não será necessário, avisar, já me avisaram, eu que não quis, entender.
Sem rebuscamento, tome o que tiver pra tomar.
Coma, o que tiver pra comer.
Quebre a taça, não junte a louça, depois eu organizo tudo, eu sempre organizo tudo na sua partida.

Seja como for  a sua vinda, vá na mesma batida!

Cristiane, adivinhando chuva!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ampulheta virada...


O trem partiu, a embarcação saiu.
O sino soou, o apito tocou.
Seu tempo passou, sua hora acabou.
Hora do adeus.

Aquela gota, se foi quando o copo quebrou.
Aquele grão de areia, vazou entre seus dedos, quando você apertou.

O prazo de validade, venceu.
Alguém, passou e recolheu.
O que você sempre encontrou à disposição, hoje não tem mais, não!
Não vai adiantar, passar amanhã.

Teve ontem, agora amanheceu.
Deixou para depois, não sinto, não deu, se não se achou, me perdeu.

Não sofro, não existirá falta, do que excedeu!

Cristiane, fazendo contas!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tem amigos...


Eu tenho amigos, que brigam comigo.
Os que me apóiam, mesmo quando eu viro outra, na lua cheia.
Tem uns mais saidinhos, que não me respeitam.
Tenho os que eu brigo, implico, infernizo e mesmo assim, me aceitam.

Tem aqueles que eu só ligo, na hora do desespero.
Os da fofoca, os da intriga, os da troca.
Os que eu vejo todo dia e não enjôo, se tem uma coisa que eu não vou praticar, é o desapego.
Tem uns que estão longe, tão longe que a saudade me dói, só de lembrar.
Mas, eu lembro sempre. Deixo que doa.

Tem os que ficaram pra trás, mas a gente não se largava.
Tem os que eu corro atrás, assim a gente não se larga.
As vezes eu corro de alguns, mas eles são mais ligeiros, me acham.
Eu finjo que deixei eles ganharem, mas na verdade, eu desacelero pra que me alcancem.

Ainda tenho que lembrar, daqueles que são de infância.
Os que eu jurei nunca mais falar, mas troquei de bem, loguinho.
Tem aqueles que Deus mandou e se Deus manda, eu obedeço!
Os que Deus levou, eu rezo, agradeço!

Tem uns, que parece que não foi bem Deus que mandou, mas eu abraço, adoro, eu mereço, lhes tenho amor, apreço.
Tenho os que desempenham, varias funções, amigos, irmãos, Mães, Avó, Santos, Orixás,  assim vão.
Não me cobram, nada a mais por isso, eu agradeço, acho é bom!

Existe os que zelam por mim, e os que fingem não estar nem aí.
Tem uns que eu cuido da vida deles, assim eles podem cuidar da minha.
Tem os que eu as vezes esqueço, mas em compensação tem uns que não me deixam esquece-los.
Tem os amigos dos meus amigos, tem os vizinhos.
Os porteiros e os amigos coloridinhos.

Afi, eu tenho é amigos!

Cristiane, agradecendo um por um!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Firme, no que me fortalece...



Em me sentindo fraca, sem rumo, sem prumo, sem visão exata de um porto seguro.
Debandar seria , uma ação bem aceita.
Correr, gritar, refugiar ou aliar-me à outra seita.

Coisas simples ,porém unidas, seriam uma boa receita.
Comida, de mãe.
Água, de filtro de barro.
Pé, na grama.
Pijama , surrado.
Vinil, na vitrola.
Acordar, com pássaros na janela.

Vou em busca de uma a uma, até que eu me sinta abastecida.
Pronta , recarregada, para esta vida.
Quando tudo hoje , estiver difícil, mais que o normal.
Além do meu comum.

Vou me apegar , com alguma força maior.
Que me mostre, um infinito de possibilidades.
Um enxame, de propósitos.
Um tanto , que nem sei quanto, de fé!

Cristiane, acreditando.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Em-maluquecer!


Eu invento palavras, porque ouso concluir que o Aurélio, não é o bastante para descrever-me, em muitos momentos.
Meto-me onde não sou chamada, jurando que ouvi gritarem meu nome.

Se não desejar que eu vá, não me chame, porque eu chego, mesmo atrasada.
Perco-me, faço retorno, uso contornos, alguém sempre me acha.
Quando em–maluqueço, não há Língua Portuguesa, que eu me enquadre.
Valei-me Professor Pasquale.

Me dá um siricutico, uma impaciência, saio, procuro desavenças.
Caço confusão, digo sim, digo não, me confundo, saio na mão!
Seria caso de prisão.
Mas ao contrario, eu me solto, esperneio, grito, deixo entrar e sair mais ar do meu pulmão.

Sinto-me em-maluquecida, sem explicações, sem precedentes, vencida!

Cristiane, em!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nem tudo, muda!


Eu tinha mudado os móveis de lugar.
A cor do cabelo.
A forma de me arrumar, o jeito de andar!

Não falava mais, sobre alguns assuntos.
Minhas gargalhadas, agora eram mais escutadas.
Mudei o curso.
Desviei o rio!

Chego e saio em horários, nada óbvios.
Minha ginecologista, não é mais a mesma.
Eu, não sou mais a mesma.
Mas continuo me sentindo, igualmente, bem!

Dentre tantas alterações, mudanças e adequações...
Esqueci de mudar o esconderijo, da chave.
Até mudei o capacho, mas ... esqueci de tirar a chave.

Quando ele chegou, eu estava no mesmo lugar.
Sentamos na mesma posição, à mesa.
Terminamos aquele assunto, interrompido anos atrás, como se houvesse apenas uma pausa, de uma tosse.


Avisou, chegou, entrou!
Desarrumou-me, desconcertei-lhe.
Encontrou-me, reencontrei-lhe!
Visitou-me como se nunca houvesse, partido.


Ele deitou no lado dele, da cama.
Minha.
Eu adormeci no ombro, esquerdo dele, como de costume meu!

Cristiane, agora já acordada, mudada!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Deixando chegar ou indo lá!


Contrariando, os alertas, os pedidos, o tempo perdido.
Sobrepondo-me à minha coerência, burlando a minha consciência.
Enganando-me, quanto às conseqüências.

Sabendo do grande risco, do precipício que me circunda, eu vou de salto, bem alto.
Arriscando-me ao máximo, porque foi assim que aprendi, viver.
Só assim, me sinto viva.
Ciente, da dor que me leva e da dor que posso trazer, vou em busca do que tiver que ser!

Economizar-me, não é opção.
Pago o que tiver que pagar, divido, parcelo, debito.
Chego já com juros acumulados, dificilmente não sairei endividada.
Não deixarei sujar meu nome, porque a honra e a fé me fazem cândida.
Eu pago!


Medo, eu tenho até de cair no banheiro pela manhã.
Mas a pressa no viver, me fazem não lembrar, esquecer.
Venho de um desassossego tamanho, que muito não se há de mexer.
Tsunamis e erupções à parte, deixe vir...
Vamos ver...

Sem desculpas, sem justificativas.
Desnecessário se faz, qualquer alusão à qualquer porque.
Porque?
Pelo simples fato, de que meu viver não tem manual.
Pelo simples fato, que meu livre arbítrio, é livre, tão livre, quanto eu demonstro.

Sim, dificilmente escondo meus anjos e meus demônios.
Levo-os para passear, publico fotos no face, perigas se jogarmo-nos no Google, aparecermos de rostos colados.
Vergonha eu só tenho, do que “ ainda “ não fiz.

Cristiane, jogando-se!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Perigo...


Quando menos se espera, quando mais se deseja, ele chega!
Burla esquemas táticos de proteção, pula muros, abre portões, chega pela porta dos fundos, entra por qualquer vão.

Chega sorrateiro, mas como sempre alvoroçado, abre cadeados cuidadosamente, mas quebra janelas.
Pede silêncio aos berros, incoerente, chama que queima, arde, congela.

Vem avisando o fim da calmaria, do desespero sem sustentação, do não querer, não!
Eu, tremo.
Eu, Ardo.
Eu, hoje, não corro.
Vai que, amanhã morro!

Vou me equilibrar nesse fio tênue, pra um lado mato, por outro morro!
Vou vestida sobriamente de medo, paramentada de desassossego.
Levo um tanto de fé, um tiquinho de coragem, um muito de amor.
Pego carona, com a persistência, tendo no banco traseiro a incerteza.

O perigo vem, eu vou!
Enfrentá-lo?
Jamais, vou parceira, deixar claro que os riscos que ele me oferece, tenho estoque, mas aceito de bom grado.
De mãos dadas, dedos entrelaçado e corações batendo disritmado.

Periga de um correr, do outro não querer.
Periga de nada acontecer.
Do fogo na palha não pegar.
Mas...
Periga do celeiro todo, queimar.

Acredito que persistir no erro, é tentar de novo de outro jeito!

Cristiane, perigando!