segunda-feira, 25 de julho de 2016

730!




Hoje  Pablo Neruda, fez-me companhia.
A memória já não é mais a mesma, mas existem trechos, que ainda sou capaz de declamar.
Tem uns que ficam esgrouvinhados, aguardando o momento de se mostrar.
Outros, que  minha memória abriu mão, não desejei guardar.

...Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!...

...Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris... (Pablo Neruda)

Haa Neruda, queria ter este na memória, com totalidade.
Mas vejo que, basta-me o trecho.
Basta-me meu entendimento, sobre ele.
Basta-me saber, que estamos unos, por partes.

Por tato, olfato,  alguns dias, algumas estações do ano.
Por ironia do destino, por desejo e o unir dos nossos quadris....
Suspiro...
Suspeito!

Com tanto por vir, vamos excluindo os medos.
Fazendo planos, alicerçados com os tijolos dos castelos do inicio.
Apostando cada centavo.
Investindo nisso.

Cristiane, 730 dias depois.