Hoje Pablo Neruda,
fez-me companhia.
A memória já não é mais a mesma, mas existem trechos, que
ainda sou capaz de declamar.
Tem uns que ficam esgrouvinhados, aguardando o momento de
se mostrar.
Outros, que minha
memória abriu mão, não desejei guardar.
...Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!...
que solidão errante até tua companhia!...
...Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris... (Pablo Neruda)
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris... (Pablo Neruda)
Haa Neruda, queria ter este na memória, com totalidade.
Mas vejo que, basta-me o trecho.
Basta-me meu entendimento, sobre ele.
Basta-me saber, que estamos unos, por partes.
Por tato, olfato, alguns dias,
algumas estações do ano.
Por ironia do destino, por desejo e o unir dos nossos quadris....
Suspiro...
Suspeito!
Com tanto
por vir, vamos excluindo os medos.
Fazendo
planos, alicerçados com os tijolos dos castelos do inicio.
Apostando
cada centavo.
Investindo
nisso.
Cristiane,
730 dias depois.