sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jogatina!



Tenho cartas , nas mangas, algumas nos bolsos, outras tantas embaixo da toalha da mesa.
Tá , eu sei, isso é imoral, mas eu tenho que me precaver.

Esse nosso jogo, ninguém quer perder!
Eu faço questão, você eu bem sei, não abre mão.

Se nos dispusemos, agora é questão de honra.
É vida ou morte.
Me deseja, boa sorte?!

Vou usar , os pedidos de tempo, todos !
Aprendi com você, o dar tempo ao tempo.
Pode usar , minhas estratégias, eu sei, você admira minhas analogias.

Sei que vão me soprar, respostas.
Sei que vão te , dar dicas.

Mas , nesse jogo, precisamos estar atentos.
Não temos, torcida!

Cristiane, sendo peça, nesse jogo da vida.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Contabilizando o bem, que me convém!



Queridonas, queridões...

Eu roubo , nas contas, burlo resultados, minha contabilidade me é favorável.
Fecho o ano , no lucro sempre!
Minha vida é ajustável, conforme minha felicidade, logo, no frigir dos ovos...
Tem omelete pra todo mundo !

Tem algum tempo, tomei gosto pela pieguice do tal espírito natalino.
Faço festa, conseqüentemente felicidade.
Faço balanços, conseqüentemente saldos positivos.
Passo peneiras, conseqüentemente, eliminações em minha vida.
Faço compras, conseqüentemente dívidas rsssss.
Faço diferente, conseqüentemente faço a diferença.
Faço pedidos, luto, torço, conseqüentemente os tenho realizados, atendidos.

Me faço de difícil, conseqüentemente, a vida fica mais fácil hehe, vai entender!

Faço, retrospectivas, conseqüentemente tem-se choro e sorrisos.
Obrigada, amigos...

Aos que entraram sem pedir, obrigada, eu já os esperava.
Aos que saíram, dando lugar a tanta gente do bem, obrigada, amém!
Aos que eu jamais esperei, porque achei que já estava completa , obrigada, por me fazerem entender, que sempre se pode acrescer, crescer.
Aos antigos, dos tempos de pharmacia com ph , obrigada, por me fazerem entender, que nem tudo precisa ser renovado.
Aos novos, que nem são tantos assim, obrigada, pelo sopro de juventude que dividem comigo.
Aos que eu amo , também aos que eu juro todos os dias que nem gosto tanto, obrigada, pela possibilidade que me dão, de entender todos os dias, que jamais poderei viver e estarei sozinha.

São tantos e tantos motivos pra agradecer, que Deus, vai entender eu me prolongar nesse rezar, Ele vai entender, o meu blasfemar, ranger de dentes, gargalhar, maldizer,
achar pouco e pedir mais, o meu querer devolver.


Deus, obrigada, pela chance de eu ser quem sou, com os meus!
Pela proeza, de ter pessoas ao meu lado , que se não me aceitam, me engolem seco, por opção!
Pela dádiva, de ter amigos que eu possa simplesmente ser eu, sem encenação.

Deus, obrigada pela Mãe Adorada e paciente que o Sr. me deu, se eu pudesse escolher, ia querer a mesma, só que ao invés de 110v queria o modelo 220v! hehe
Pelo irmão Amargo e Amado , que eu mereci ter. Obrigada pela Calma , que me falta com esse carma.
Pelos sobrinhos Olhos juntos, porém tão , mas tão amados, que me vem lágrimas aos olhos.
Obrigada pela * olho junto mirim* que está por vir!
Pelas primas , que eu nomeei! São minhas e quero ver quem diz que não são!
Pelas famílias , dos amigos, que eu herdei, e hoje são minha família também!
Por ter amigas *Sagradas!
Por toda aquela mulherada *Suzanense* e por seus respectivos namoridos.
Pelas mães e pais de amigas, que se tornaram meus e minhas amigas.
Pelos filhos, das amigas, que são meus e minhas amiguinhas.
Por aquelas , que mais se parecem minhas irmãs.
Pela cunhada, escolhida.
Pela religião , ter entrado em minha vida, trazendo mais 3 mães, e Uma SUPER AVÓ!

Deus, obrigada , por eu acordar todos os dias, por mais um fim de ano, cheio de conquistas, saúde e claro , folia.

Um ótimo Natal à todos.
Um Ano Novo , repleto de positivismo!

Cristiane, emocionada e agradecida.

O Bailar de pensamentos.




Há que se ter , energia para um respirar mais profundo.
Uma certa sapiência adquirida, para pensar-se bem, antes de falar.

Esperança, para um dia obter, a tão sonhada e distante paciência.
Aquela que eu desejo, mas que ainda me aparece tão lá longe.
As vezes tenho a nítida impressão, que este sentimento, fica na gôndola dos luxos, ainda longe do meu alcance.

Ando, pondo-me nas pontas dos pés, hora bailo , hora salto alto.
Não raramente, de salto alto, coerência , isso sim é objetivo atingido, isso sim é exercício diário.

O não esperar, torna-se virtude ao ver de quem importa o parecer.
O meu, certamente.
Sei mais de mim, do que qualquer um possa ousar, sugerir e palpitar.

A grande façanha , de ser quem sou, de estar como estou , é não me faltar eu em mim.
É ter a franqueza de admitir que, posso mentir para você, jamais para mim .
Lembrando que mentiras, não são as opções mais escolhidas, me fadiga o pensar em sustentá-las.

Posto isto, bato na tecla do pra frente é que se anda.

Cristiane , fazendo um solo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Voltinha ao passado.



Sei, você, tal como eu, sabe exatamente qual é a sensação, de já ter estado aqui.
Um remember forçado, um Déjà vu aliado.

A nítida impressão, que se não estive aqui, aqui já esteve em mim.
A dúvida latente, se já passei no passado, ou se passarei no futuro.

Chega a não ser, engraçado.
Beira a façanha, do desesperar calmamente.
A incoerência, do serenamente enlouquecer.

Já estive, tantas vezes aqui, que hoje cheguei de olhos fechados.
Tinha café na garrafa, sequilhos no potinho de vidro.
No chão, farelos da última visita.

A porta estava entreaberta, a janela sem trincos.
O rádio ligado, a luz do corredor acesa.

Sentei na pontinha do braço do sofá, desta vez fiquei um tempo menor que da outra.
Estranhamente, a casa não tinha mais o seu cheiro.
Levantei.

Voltei, sem deixar um recado na geladeira.
Enfim, não desejei dizer que voltaria depois.

Cristiane, voltando do passado.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Alterações!


O clima , não atende mais as estações do ano.
Ela liga, ele desliga.
Temos crise , na hierarquia terrestre.

Alteraram o cronograma, das luas.
Ouve-se boatos, sobre a mudança de São Jorge.
Diz-se à boca miúda, que Ele, dentro de pouco tempo, muda-se para uma Quarta Minguante, sozinho, não poderá levar o dragão por falta de espaço!

Esta é a situação:
Deu-se a confusão.
Danou-se tudo.

Hoje, eu tinha um encontro marcado com o sol.
Vim à caráter, mas qual não foi minha surpresa:
Veio ao meu encontro, Sra. Raio de mãos dadas com Sr. Trovão.

Que vença o melhor!
Que não me incluam , nessa não!

Cristiane, em mudanças climáticas.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Boletim Informativo II



Ando, com desejos pendentes, pensamentos ardentes, questões à serem resolvidas, futuramente.
Rogo que esse prazo, não seja tão longo, não se estenda mais, do que o estritamente necessário.
Que a ansiedade, não me consuma, que eu não definhe nessa espera.

Navego em mar calmo, mas me apetece o mar aberto, ondas tsunamicas.
Ser surpreendida, ainda trás mais, tempero à minha vida.

Sementes em solo fértil, fé em abundancia, uma pitada de sorte.
Um dar de ombros, à negatividade, um cálice bem servido, de vitamina à minha positividade.

Cristiane, acreditando.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Boletim informativo I




Faz-se verão, em mim.
Tenho um brilho, mais reluzente.
Um calor, mais ardente.
Emano felicidade.

Projetos concluídos.
Dias, mais curtos.
Horas, escassas.
Um transbordo de amor, desmedido.

Invadida, de um bem estar!
Remexida, de bem com a vida!

Cristiane, envolvida!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Stop!



Uma pausa, para respirar fundo.
Inspirar.
Inspirar-me !
Respirar.


Aquele momento meu.
Eu.
Aquele recesso, necessário.
Planejado.

O intervalo, desejado.
Um inicio, um começo e um fim.
Catalogados.

Tomar um ar, uma água, coragem.
Refazer às forças, recarregar as armas.
Retocar a maquiagem.

Vou, louca!
Para, voltar sã.

O plano é...
Reequilibrar-me em outras bandas!
Tocar, em outro terreiro.
Voltar com saudade, do que hoje me enjoa.

Cristiane, indo ali!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Baixando as armas, jogando flores ao mar.


Já fui, mais ousada com você.
Menos menina, mais mulher.
Menos capitã, mais anfitriã.
Perdida entre um momento e outro, me achava.

Desconstrui momentos, criei uma vida, itinerante de amor.
Foi um vai e vem, enjoativo, ainda hoje se olharmos no telescópio...
Um vai.
Outro vem.

Um mar nada calmo, enfrentei tormentas e tubarões.
Marola, era luxo, nessa minha navegação.

Descasquei poucas batatas, muitos abacaxis.
Quando avistava um porto, rezava pra que fosse seguro.
Seguramente me iludia, no intuito de não esmorecer, seguir em frente.
Melhor viver.

Tendo em mãos, uma nova carta de navegação.
Encerei o convés.
Troquei a tripulação.

Há quem diga, que agora minha embarcação, chega no meu lá.

Cristiane,navegando em mar aberto.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Partes inteiras.


Ainda lembro, quando todas partes minhas, eram suas.
Partes inteiras, metades faceiras.
Lembro da falta de preferência, qualquer parte minha, era Tua e única.
Tiravas prazer, fosse de onde fosse, dava prazer onde fosses, em mim.

Virava-me do avesso, dizia ser meu avesso, ainda mais excitante, que o fora e dentro.
Não paravas por aí, tiravas de mim, mais do que eu mesma, achava que podia ceder.

Ali eu era perfeita, única e preferencial.
Tua e somente, Tua, incondicional.

Estar preza à Ti, era exercício de liberdade.
Eu a exercia, com seu aval.
Por mais que eu me dispusesse, mais de mim exigias e eu...
Dava sempre mais, Lhe servia.

Cega me tinhas, cega eu ia.
Satisfazer Teus desejos, era o meu desejo.
Eu satisfazia-me, ao vê-Lo, embriagado de poder, sobre mim.

Mais que Tua submissa, eu era dona das minhas vontades.
Dona plena de mim, entregava-me a Ti.

Cristiane, sedenta.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Re- pensando.


Para não deixar nada pra lá, eu tinha a mania de juntar tudo.
Misturar.
Pegava tudo, acoplava, colocava aqui e ali, abraçava  o que dava, o que faltava eu voltava depois, para buscar.
Amontoar.
Ainda assim, existia a sensação de que nem tudo estava ali, faltava muito de mim.
Incompleta.

Com o tempo, as manias foram se alterando, como a vida, como eu.
Mutação.
Eu já não levava tudo, mas não me permita deixar muito.
Transformação.
Já convivia melhor com a falta, com o excesso, eles me eram parceiros.
Renovação.

Mistura vai, peneiras vem, cá encontro-me, reencontram-me.
Mais ousada, vívida, abusada.
Melhorada.

Cristiane, analisando.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Destilando!



Eu queria sempre, entrar pela porta da frente, mas não sou igual à você, acredite eu sou diferente.
Eu me arisco mais, mas não se desmereça, não precisamos ser iguais.
Eu pulo janelas, não para cortar caminhos, eu só não deixo , os obstáculos me impedirem.
Tudo bem, não precisa me seguir, fica onde está , que aqui já foi, mas não é mais , meu lugar.

Estou sempre , alguns passos à frente, não desanime, mas também não se esforce demais.
Cada um tem sua vez e seu lugar no pódio, nem tente, quando você chegar, já não estarei lá.

Bem sei, que às vezes é inerente ao seu querer, querer me imitar.
Eu percebo, mas deixo passar!
Tem vezes que desejei brigar, mas aprendi a não perder, só tenho tempo à ganhar.
Logo, vejo, rio e deixo pra lá.

Hoje vim escrever, para um dia reler, só para firmar.
Ser,estar e agir diferente, é exercício diário.
Dificilmente, você chegará lá!

Cristiane , envenenada.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vendo o tempo (passar),Quer comprar?


Quando dei por mim, já era hoje.
Quando, me lembrei, tinha sido ontem.

Existe uma sensação, de estar sempre atrasada, a ansiedade do chegar e a frustração de não entrar, me faz pensar em voltar.

Sento ali e lá refaço meus planos, salvo enganos, levanto com a certeza , que desta vez, vai dar.

Tenho a nítida impressão, de que existe uma conspiração contra mim, entre tempo e sentimento, algo bem bolado, um degrau acima do rascunho, algo mirabolante, bem estruturado.

Me pega na esquina, assusta, engana, desanima.Uso de forças, que nem julgava serem minhas.

Ergo a cabeça, bato o pé, pirraço, desafio.Valha-me meu São Lourenço da Insistência Latente, olhai por mim, olhai pelo meus, pelos que já foram meus e por todos que ainda hão de ser.

Cristiane, atrasada!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bailado antigo!


A gente se entendia, se desentendia, atravessava o samba, errava o refrão, fazia pouco dos instrumentos, levávamos a cantiga na palma da mão.

Era tanta euforia, disritmia, que mesmo com passos ensaiados, danava-se tudo, furdunço, confusão.

Tinha dia que era tanta saudade, tantas juras durante o dia, mas ao cair da noite, já tínhamos discutido, o amor virado ódio, íamos dormir com o relacionamento destruído.

Quando a gente se via, era um fogo, um cuspir de vulcão, um tesão tão louco, que não entendíamos como optávamos primeiro pela, conversação.

Era um falatório deitado, tantos achismos, comparações e julgamentos feitos, que nos sobrava somente a madrugada, para o sexo animalesco.

Houve o tempo, que mesmo sabendo, que para nós juntos, não havia jeito, ainda insistíamos, ainda corríamos o risco, ainda bailávamos como em um parapeito.

Alguns dançam com os lobos, nós dançávamos com nossos monstros, no entanto, nosso palco era nosso leito.

Cristiane, ensaiando passos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Louca Sanidade.


Enquanto alguns procuram o equilíbrio, eu gosto de sentir a base tremer, o fogo pegar, minha pele arder.

A tranqüilidade me incomoda, em meio à calmaria, eu ouço vozes, falo sozinha.

Minha estimativa de paz, é desajustada, desmedida, desejada e alcançada, a paz é minha querida, aliada.

No silêncio, de meus mais íntimos pensamentos, dou a doida, grito, fico rouca, deixo minha voz ecoar no vento.

Algo em mim, busca acalanto, outros muitos algos, só se satisfaz com desentendimentos.

Não me assusto com o que vem de fora, só de dentro.

Quem me olha de fora, fica fora, no entanto não os culpo, são poucas as senhas para estar e olhar dentro!

Acho que confundo Deus, quando é hora de caminhar, eu corro, quando é hora de correr eu desacelero, ofegante, sento, quase morro, desespero.

Há que se ter muita fé, nesta minha vida, neste meu angu de caroço, em minhas loucas escolhas, às vezes desmerecendo o outro.

No mais, nunca estou só, entre a loucura e a sanidade, tem muitas pessoas ao meu redor, uns espreitam, olham de longe, não se chegam, outros ousam chegar bem perto, alguns até no meu leito, na noite eu os amo, no outro dia, os odeio!

Cristiane, sã!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Enfim, Setembro!



Sabe o que vai acontecer?
As flores, vão chegar de mansinho.
Vamos achar tudo, lindo.

Vai chover, aí vamos reclamar.
Depois agradecer, o refrescar.

A moda vai dizer, que é novo, usar tecidos florais.
Vamos esquecer do que temos no armário, vamos comprar mais.

Vai ter desfile em Brasília, vamos pensar, quem são os loucos que acordam cedo para ir.
No dia seguinte, vamos ter visto milhares de pessoas, aplaudindo a Presidenta.

Vamos respirar fundo, quando o mês acabar e nenhuma tragédia anunciada, se realizar.
Muita coisa, não deve mudar.
Mas é o mês das flores, tudo fica tão mais bonito.
Ficamos esquisitamente, mais otimistas, de bem com a vida.

Teremos dias não tão fáceis, outros fantásticos.
Naturalmente, vamos olhar os dias lindos que Setembro nos trás e pensar:
Se hoje não chegou tudo, amanhã tem mais!

É da nossa natureza, observar a natureza e nos fortalecer, animar, acreditar, que de onde Deus mandou essa beleza, tem mais, muito mais!

Cristiane, Setembriada.

A verdade entre nós!


Sei dos riscos que corro, mas não corro.
A verdade ainda me é, ente querida na minha vida.
Agüentamos ficar longe, uma da outra, pouco tempo.
Quando eu não a procuro, ela me acha.

Chegamos ao veredicto, de que eu sem ela não funciono.
Ela sem mim, fica sem eira, nem beira, perde muito, até o sono.
Sem ela no meu dia-a-dia, sinto-me travestida.
Perco minhas feições, não minto por preguiça, sou mais que isso, mentir seria covardia.

Tem sempre umas coisinhas, que a gente omite, transforma, infla e até não resiste.
Mas sou passível de erros, um ser humano, na difícil luta de ser humana.
Dou de ombros, volto atrás, ou nem volto, me escondo, deleto ou nem passo perto.

Dizem que peixe morre , pela boca, se não falei, pensei, o que pra mim dá no mesmo.
Meu pensar e meu agir, são separados por um fio tênue, passível de ser apagado até com um simples, corretivo líquido.
Tem gente que diz, passar uma borracha, mas não sou à favor, ficam sempre farelos na mesa, a folha marcada pelo lápis.

Sabemos nós, das verdades que nos cercam, das mentiras que nos carregam, dos nós dois vivos, mas ao mesmo tempo, cegos!

Cristiane, verdadeiramente estranha!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Boas Vindas!



Queria ter vestido branco hoje, mas fui acordada pela chuva na janela.
Logo, galocha, guarda-chuva e capa.
Hoje era dia de aguardar a meia noite, com taça na mão, mas tenho aula, provavelmente nessa transição, já estarei tendo bons sonhos.

Queria comemorar, a ida de Agosto.
Mês de desgosto.
Do Cachorro louco.
Das superstições.

Fico ansiosa para saber o que Setembro, preparou pra mim.
Bastante feliz, de poder dizer-lhe o que eu preparei pra ele.
Vou dar a dica: - Lista grande aqui!!!

Que venha, o mês das Flores!

Cristiane, fluorecendo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Paz?!


Estava sentindo, algo morno, calmo, sentimento à mim, estranho.
Procurei Aurélio, diz-me ele, denominar-se Paz.

Eu que vivo de desassossego, pasmei.
Enfim, achei o que jamais procurei.

Acordo,  você não esta ali comigo.
Vou ao banheiro, tomo banho sozinha.
Consigo pensar em mais coisas, executar mais coisas, sem seu rosto na memória.
Sobra-me espaço na mente.

Outro dia peguei-me lembrando, de uma viagem ruim.
Acredite, não foi a nossa.
Citei um livro, e não tinha sido indicado por você.
Assisti um filme, e as lágrimas não foram pra ti.

Escutei Caetano, também reclamando:
- Você, não me ensinou à te esquecer!
Devo escrever para ele, acalmar-lhe, dizer que mais dia, menos dia, a gente descobre que pode ser autodidata!

Falei com você hoje, deu saudade, da sua falta!

Cristiane, experimentando uma nova sensação.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mesclando.


Nem tudo é dor, sou um tanto bom de amor.
Resquícios de um afro, humor.

Um brilho nos olhos, intermitente, mas forte.
Um sorriso, não tão largo, mas verídico.

Ainda ando solta, em parques.
Brindo à vida, até os meus ex-amores, minha família*

Tem-se estoques, de alegria.
Desejos de folia.

Mar, sem calmaria.
Pressinto, marola, em minha companhia.

Cristiane, adivinhando chuva.

Enfim, só!



Dizem, que ficam as lembranças, o desejo, eu os sinto, mas não os vejo.
Juram, que ficamos mais fortes, resistentes, eu sinto-me escorrer pelo ralo.

Escuto que daqui para a frente, tudo será mais fácil, talvez não saibam, o quão forte, me faço.
Aconselham, seguir em frente, eu penso em voltar.

Faço silêncio, meus sentimentos gritam.
Faço esforço para resistir, as vezes, desisto.

Inevitável, questionar o sentir falta, do que não se tinha.
Terem levado de mim, o que não me pertencia.
Sofrer a realidade, de uma fantasia.

Ainda assim , há quem acredite.
Acredite, ainda assim, só.

Cristiane, somente!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sentindo séria, saudade!


Sabe-se lá, o que é sofrer por um amor, acolá?
Sabendo, que já o tive aqui, mas Ele, não me soube amar!
Sendo verdade, que teve tudo de mim, muito não desejou levar.
Soube, não lhe culpar.

Sei, cada um ama, o quanto se pode amar.
Sabe, O amo, mais do que posso contabilizar.
Se não me amaste, ao meu contento, não lhe devo julgar.


Saberei, por mais essa fase, passar.
Saiba, que gosto que não me esqueças.
Sei, que devo, esquecer-lhe.
Sinto, mas torna-se cada vez mais difícil, que isso aconteça.

Sentindo-me, de alguma forma, abastecida.
Seu excesso de falta, confunde-me.
Serei eu, a lhe procurar ou Você, a não me deixar?!

Cristiane, sentida.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Passa-se um amor!


Tenho a impressão, que ele esta sempre indo.
Eu sempre, implorando, rastejando, pedindo.
Que não importam, meus planos, ações, desejos.
Se é que existe um fim, ao apagar as luzes, ele nunca esta ali.

Já me vi, blasfemando, desacreditando, infringindo leis.
De tão deprimida, já chorei cântaros, desidratei, caí e meio que por obrigação, levantei.
Recomecei do menos um, reintegrei, acrescentei, me refis e nada ainda, foi como eu desejei.

È uma luta constante, que contando por alto, vai-se bons anos.
Recuso-me, estar fadada à essa dor.
Não optei por ela, ela desejou, comigo ficou.
Eu à renego, não lhe abraço, não a quero.

Hei de fazer leilão, bazar, promoção.
Penso, em passar essa dor à frente, fazer uma boa pechincha.
Ainda, que não haja uma boa arrecadação.
Estou decidida, com ela, não morro não.

Vou sair às compras, mandar confeccionar, encomendar.
Quero bordados, firulas, brocados.
Um amor mais consistente, robusto e com selo de originalidade.
Um amor, que no primeiro momento ruim, não deixe a embarcação.
Que resista, por acreditar, por desejo, por não querer, me deixar... não!

Cristiane, negociando!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Não cabe recurso.


Caso não ligue, acredite, eu não atenderei!
Não chorarei, o leite derramado, meu choro esparramado, disso tudo, darei cabo.

Esqueça, não lhe darei direito, à resposta.
Não se debata, não me repudie, não desentenda-me.

Existe uma verdade absoluta, e hoje ela é minha.
Quando eu disser, ponto, ponto.
Sem espaço, para a prolixidade, se abrir aspas, eu fecho com chaves.

Basta, bato o martelo.
Não haverá lacunas, não poderá recorrer.
Será isso, ou isso.
Será pegar, mas não levar.

Vou dividir, até dizimar.
Subtrair, o que restar.
Sem pausas, sem pedido, de tempo.
Vamos aos pênaltis .

Amargue, com suas escolhas, feitas por mim.
Ainda que rejeite, opte por não concordar, não saia, sem aqui assinar.
Se depois disso tudo, ainda passar por sua mente, a possibilidade do abdicar.
Não sinto, em informar:

Desta vez, faço valer, um pra cá, outro pra lá.
C'est fini, game over.

Cristiane, experimentando a unilateridade.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tomando uma!


A gente toma uma, pra esquecer.
Em memória de...
Pra comemorar, pra espairecer.

Quando, encontra os amigos.
Às vezes o vazio é tanto, que a gente toma uma sozinho.
Tem dias que, bebemos quietos.
Tem dias, que tomamos aos gritos.

Em dias quentes, pra refrescar
Em dias frios, pra esquentar.
Em dias mornos, pra alegrar.

Um vinho, pra massa.
Uma cerveja, pro petisco.
Uma branquinha, por vício.

Tem vezes que, uma leva à outra, aí deixamos descer.
Umas e outras, pra enlouquecer.

Umas, no reencontro.
Outras, nas despedidas.
Umas, pra celebrar.
Outras, pra maldizer a vida.

Pra se embriagar, relaxar, divertir.
Brindamos à vida, amizade, saúde e lá pelas altas horas, tudo que esteja à nossa vista, será lembrado e brindado.

Cristiane, deixando uma pro Santo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para quando, você não me ligar.

Eu sei, você reduziu as ligações.
Ontem, não me acordou, hoje não me deu boa tarde, não!
Está bom, já desintoxiquei, já sinto falta.

Você me mal, acostumou.
Ès responsável, pela subsistência do teu alô.
Gostava de ser mimada, sem te dar retorno.
Sem valorizar, a troca.

Eu sei, eu erro, eu errei, perdão.
Não gosto, quando você não me paparica.
Quando, não liga 3 vezes ao dia.

Não se iguale a mim, não.
Deixe, somente eu falhar nessa relação.
Cumpra sua promessa, não me larga não!

Basta de castigo, vou me remediar, jurar, não juro não!
Eu me comprometo, vou te ligar sempre que você não ligar pra mim.
Mas prefiro que me ligue, me procure e me ache.
Acha?!

Se eu atender, correndo, se não houver tempo...
Se eu nem atender, muito menos retornar ...
Se eu depois de muitas ligações suas, não me tocar...
Ainda assim, liga, procura, acha!

Cristiane, reconhecendo falhas!

Idas e Vindas!



Quando chegar, acenda a luz.
Vou me assustar, mas vou te reconhecer.
Não chegue devagar.
Bata a porta, faça barulho, deixe o cachorro latir, deixe o gato correr!

Deixa, eu saber que é você.
Que chegou, para me desorganizar.
Que provavelmente, vai me irritar.
Vou brigar, amar e jurar nunca mais te ver.

Que da mesma forma que chegar, irá.
Fazendo bagunça, deixando-me bagunçada.
Mexendo em tudo, deixando-me mexida.
Venha, alardeando, sua ida.

Não será necessário, avisar, já me avisaram, eu que não quis, entender.
Sem rebuscamento, tome o que tiver pra tomar.
Coma, o que tiver pra comer.
Quebre a taça, não junte a louça, depois eu organizo tudo, eu sempre organizo tudo na sua partida.

Seja como for  a sua vinda, vá na mesma batida!

Cristiane, adivinhando chuva!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ampulheta virada...


O trem partiu, a embarcação saiu.
O sino soou, o apito tocou.
Seu tempo passou, sua hora acabou.
Hora do adeus.

Aquela gota, se foi quando o copo quebrou.
Aquele grão de areia, vazou entre seus dedos, quando você apertou.

O prazo de validade, venceu.
Alguém, passou e recolheu.
O que você sempre encontrou à disposição, hoje não tem mais, não!
Não vai adiantar, passar amanhã.

Teve ontem, agora amanheceu.
Deixou para depois, não sinto, não deu, se não se achou, me perdeu.

Não sofro, não existirá falta, do que excedeu!

Cristiane, fazendo contas!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tem amigos...


Eu tenho amigos, que brigam comigo.
Os que me apóiam, mesmo quando eu viro outra, na lua cheia.
Tem uns mais saidinhos, que não me respeitam.
Tenho os que eu brigo, implico, infernizo e mesmo assim, me aceitam.

Tem aqueles que eu só ligo, na hora do desespero.
Os da fofoca, os da intriga, os da troca.
Os que eu vejo todo dia e não enjôo, se tem uma coisa que eu não vou praticar, é o desapego.
Tem uns que estão longe, tão longe que a saudade me dói, só de lembrar.
Mas, eu lembro sempre. Deixo que doa.

Tem os que ficaram pra trás, mas a gente não se largava.
Tem os que eu corro atrás, assim a gente não se larga.
As vezes eu corro de alguns, mas eles são mais ligeiros, me acham.
Eu finjo que deixei eles ganharem, mas na verdade, eu desacelero pra que me alcancem.

Ainda tenho que lembrar, daqueles que são de infância.
Os que eu jurei nunca mais falar, mas troquei de bem, loguinho.
Tem aqueles que Deus mandou e se Deus manda, eu obedeço!
Os que Deus levou, eu rezo, agradeço!

Tem uns, que parece que não foi bem Deus que mandou, mas eu abraço, adoro, eu mereço, lhes tenho amor, apreço.
Tenho os que desempenham, varias funções, amigos, irmãos, Mães, Avó, Santos, Orixás,  assim vão.
Não me cobram, nada a mais por isso, eu agradeço, acho é bom!

Existe os que zelam por mim, e os que fingem não estar nem aí.
Tem uns que eu cuido da vida deles, assim eles podem cuidar da minha.
Tem os que eu as vezes esqueço, mas em compensação tem uns que não me deixam esquece-los.
Tem os amigos dos meus amigos, tem os vizinhos.
Os porteiros e os amigos coloridinhos.

Afi, eu tenho é amigos!

Cristiane, agradecendo um por um!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Firme, no que me fortalece...



Em me sentindo fraca, sem rumo, sem prumo, sem visão exata de um porto seguro.
Debandar seria , uma ação bem aceita.
Correr, gritar, refugiar ou aliar-me à outra seita.

Coisas simples ,porém unidas, seriam uma boa receita.
Comida, de mãe.
Água, de filtro de barro.
Pé, na grama.
Pijama , surrado.
Vinil, na vitrola.
Acordar, com pássaros na janela.

Vou em busca de uma a uma, até que eu me sinta abastecida.
Pronta , recarregada, para esta vida.
Quando tudo hoje , estiver difícil, mais que o normal.
Além do meu comum.

Vou me apegar , com alguma força maior.
Que me mostre, um infinito de possibilidades.
Um enxame, de propósitos.
Um tanto , que nem sei quanto, de fé!

Cristiane, acreditando.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Em-maluquecer!


Eu invento palavras, porque ouso concluir que o Aurélio, não é o bastante para descrever-me, em muitos momentos.
Meto-me onde não sou chamada, jurando que ouvi gritarem meu nome.

Se não desejar que eu vá, não me chame, porque eu chego, mesmo atrasada.
Perco-me, faço retorno, uso contornos, alguém sempre me acha.
Quando em–maluqueço, não há Língua Portuguesa, que eu me enquadre.
Valei-me Professor Pasquale.

Me dá um siricutico, uma impaciência, saio, procuro desavenças.
Caço confusão, digo sim, digo não, me confundo, saio na mão!
Seria caso de prisão.
Mas ao contrario, eu me solto, esperneio, grito, deixo entrar e sair mais ar do meu pulmão.

Sinto-me em-maluquecida, sem explicações, sem precedentes, vencida!

Cristiane, em!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nem tudo, muda!


Eu tinha mudado os móveis de lugar.
A cor do cabelo.
A forma de me arrumar, o jeito de andar!

Não falava mais, sobre alguns assuntos.
Minhas gargalhadas, agora eram mais escutadas.
Mudei o curso.
Desviei o rio!

Chego e saio em horários, nada óbvios.
Minha ginecologista, não é mais a mesma.
Eu, não sou mais a mesma.
Mas continuo me sentindo, igualmente, bem!

Dentre tantas alterações, mudanças e adequações...
Esqueci de mudar o esconderijo, da chave.
Até mudei o capacho, mas ... esqueci de tirar a chave.

Quando ele chegou, eu estava no mesmo lugar.
Sentamos na mesma posição, à mesa.
Terminamos aquele assunto, interrompido anos atrás, como se houvesse apenas uma pausa, de uma tosse.


Avisou, chegou, entrou!
Desarrumou-me, desconcertei-lhe.
Encontrou-me, reencontrei-lhe!
Visitou-me como se nunca houvesse, partido.


Ele deitou no lado dele, da cama.
Minha.
Eu adormeci no ombro, esquerdo dele, como de costume meu!

Cristiane, agora já acordada, mudada!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Deixando chegar ou indo lá!


Contrariando, os alertas, os pedidos, o tempo perdido.
Sobrepondo-me à minha coerência, burlando a minha consciência.
Enganando-me, quanto às conseqüências.

Sabendo do grande risco, do precipício que me circunda, eu vou de salto, bem alto.
Arriscando-me ao máximo, porque foi assim que aprendi, viver.
Só assim, me sinto viva.
Ciente, da dor que me leva e da dor que posso trazer, vou em busca do que tiver que ser!

Economizar-me, não é opção.
Pago o que tiver que pagar, divido, parcelo, debito.
Chego já com juros acumulados, dificilmente não sairei endividada.
Não deixarei sujar meu nome, porque a honra e a fé me fazem cândida.
Eu pago!


Medo, eu tenho até de cair no banheiro pela manhã.
Mas a pressa no viver, me fazem não lembrar, esquecer.
Venho de um desassossego tamanho, que muito não se há de mexer.
Tsunamis e erupções à parte, deixe vir...
Vamos ver...

Sem desculpas, sem justificativas.
Desnecessário se faz, qualquer alusão à qualquer porque.
Porque?
Pelo simples fato, de que meu viver não tem manual.
Pelo simples fato, que meu livre arbítrio, é livre, tão livre, quanto eu demonstro.

Sim, dificilmente escondo meus anjos e meus demônios.
Levo-os para passear, publico fotos no face, perigas se jogarmo-nos no Google, aparecermos de rostos colados.
Vergonha eu só tenho, do que “ ainda “ não fiz.

Cristiane, jogando-se!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Perigo...


Quando menos se espera, quando mais se deseja, ele chega!
Burla esquemas táticos de proteção, pula muros, abre portões, chega pela porta dos fundos, entra por qualquer vão.

Chega sorrateiro, mas como sempre alvoroçado, abre cadeados cuidadosamente, mas quebra janelas.
Pede silêncio aos berros, incoerente, chama que queima, arde, congela.

Vem avisando o fim da calmaria, do desespero sem sustentação, do não querer, não!
Eu, tremo.
Eu, Ardo.
Eu, hoje, não corro.
Vai que, amanhã morro!

Vou me equilibrar nesse fio tênue, pra um lado mato, por outro morro!
Vou vestida sobriamente de medo, paramentada de desassossego.
Levo um tanto de fé, um tiquinho de coragem, um muito de amor.
Pego carona, com a persistência, tendo no banco traseiro a incerteza.

O perigo vem, eu vou!
Enfrentá-lo?
Jamais, vou parceira, deixar claro que os riscos que ele me oferece, tenho estoque, mas aceito de bom grado.
De mãos dadas, dedos entrelaçado e corações batendo disritmado.

Periga de um correr, do outro não querer.
Periga de nada acontecer.
Do fogo na palha não pegar.
Mas...
Periga do celeiro todo, queimar.

Acredito que persistir no erro, é tentar de novo de outro jeito!

Cristiane, perigando!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sei que me sentes.


Dificilmente eu poderia discorrer sobre o assunto, pautar uma base, uma linha de raciocínio convincente, mas creia, eu sei.
Algo me diz, me faz sentir, esclarece e mostra de forma tal, que me convenço, sim eu sei.
Sei que me sentes.

Poderia jurar, que no meio desse nada, desse oco, desse agreste, deste clima árido, existe sim, vida à bordo.
Em meio a tantas faltas, tempo, contato, disposição, resolução, empolgação e até digamos opção.
Sobra, uma sensação forte, de que me sentes!

Realmente não existe explicação e ponto.
Parto do princípio, que existe recíproca no sentir.
Acordo e adormeço com essa certeza.
Sinto que me sentes!

Cristiane, sentida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Amar de menos!

Meu amor, podia ser menos, bem menos.
Metade, um terço, um tiquinho a menos que fosse!
Parcelado, dividido, disfarçado.

Em segredo, escondido, menos sofrido.
De verão, de inverno, não importa, importa que alternasse a estação.
Ficasse lá no litoral, não me seguisse não.
Platônico, anônimo,até de ocasião.

Meu amor, podia ser por interesse, por desinteresse, por provocação.
Mentiroso, falso, canastrão.
De mentirinha, de faz de conta, em vão.
Sexual, material, menos de emoção.


Morno, gélido, em banho maria, menos com essa pressão.
Visual, hormonal, inconstante, jamais por opção.
Que fosse liberal, de um aceite normal, sem cobranças, sem contagem de tempo, não precisava durar tudo isso não!

Meu amor podia acabar, não me sentenciar, ter fim, me liberar.
Ser qualquer coisa, de qualquer jeito, mas como ele é não!
Ter prazo de validade, tempo de vida contado e não fazer aniversário.
Me trazer paz, me poupar da decepção do nunca mais.

Cristiane, imaginando como poderia ser, amar de menos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O que já foi dito!


Já falei sobre a incapacidade do ser humano em ser humano.
Do desejo que vejo, de cada um ser mais e igual ao outro.
Da não aceitação das diferenças .
Da falta que nos faz, alguma crença.

Já corri assunto, sobre a normalidade da irregularidade sentimental.
Da vergonha alheia, nos ser tão banal.
Da ausência do outro ser coisa de ego, passional.
Dos desatinos terem inicio, em nosso desajuste hormonal.

Já citei Chico,Drummond, Neruda e Alcione.
...Que saudade é o pior tormento, é pior que o esquecimento*
...Também temos saudades do que não existiu , e dói bastante*
...Saudade é amar um passado, que ainda não passou*
...Minha estranha loucura, é tentar te entender*

Já foram tantos e tantos textos e ainda há tantos e tantos sentimentos.
Tantos e tantos argumentos.
Tantos e tantas possibilidades.
Tantos e tantas justificativas, que me vem a nítida impressão de que nada do que eu já disse, foi em vão.

Cristiane, ainda tendo o que dizer.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

E O Mundo Nao Se Acabou*Adriana Calcanhotto



Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar...

E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada...

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...
Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...

Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele
Mais de quinhentão...

Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou...


Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...
Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...

Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar...

***Queridos, só fiz tudo isso, porque me garantiram...que o mundo ia se acabar rssss*

Trocando?



Sentei pra filosofar... falar de nada... desentediar .
O tempo frio, ajuda a gente a se achegar.
Uma taça de vinho, algo pra beliscar.
Ia tempo, que não me dava esse tempo para trocar.

Gosto de inflar meus monstros,  ir drenando, vê-los murchar e de novo se erguerem majestosos, mediante minhas alusões.
Sei, poucos sabem do que falo, como falo e poucos são os que eu falo.
Tudo bem, eu viajo!

Ainda me intriga o ser humano, na árdua tarefa de ser humano.
Ainda discuto o sexo dos anjos e ainda faço as minhas tais caras, quando nem palavras quero doar.
Ainda julgo o bater palmas para doidos dançarem, mas a música que vem deles ainda me faz, cantarolar, algo sempre do contra...
Claro.

O que não concordo ainda fomenta meu raciocínio, ainda aprendo com o que nunca estudaria.
Ainda me serve de pesquisa, o que eu nunca seria.
O nunca ainda é uma palavra que incluo no contexto, mesmo havendo controvérsias,  nunca, tem seu peso único.

Tem dias que essa lacuna é tão grande, que chego a preocupar-me comigo.
Acho de verdade que dia menos dia, terei que me igualar, deixar minhas esquisitices de lado, me rotular.
Voltar atrás e começar a traduzir meus sinais.
Decifrar meus pensamentos, reescrever meus achismos.
Desenhar os meus desentendimentos.

Esta cada vez mais difícil , o interlocutor, me acompanhar.
Não é coisa para me gabar, muito pelo contrário, isolar-me nunca foi opção.
Estar sozinha nessas questões, não me atrai, não.

Gosto mesmo é da troca, do olhar e ver o outro com o mesmo pensamento em um dialeto diferente.
Gosto de novidades que eu em menos de segundos, possa dar meu pitaco, subir uma sobrancelha, fazer uma careta qualquer e defender a tese com alguma ressalva, somente por precaução.

Pois é, gosto de complicar o que nunca me foi fácil, não!

Cristiane, preocupada.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Constatação.


A sobriedade não me cai bem, eu sei, percebo.
Estar sóbria, não é algo que me cabe, que me compõe, muito pelo contrário, me indispõe.
Haja chatice distribuída, filosofias dirigidas, embasamentos relevantes.

Nasci para viver atordoada, envolta de amor, embriagada.
Só me reconheço, quando me desconheço.
Só me aprumo, quando me encontro, totalmente sem rumo.
Quando com as vistas turvas, vejo mais longe.

Sem muita firmeza nas pernas, vou muito mais a diante.
Tendo a cabeça zonza, eu penso melhor.
Articulo palavras, encaminho a coerência às favas.

Não sou ninguém, sem maldizer o amor.
Acostumei-me a sofrer por este sentimento inanimado.
Sinto dor e ela me faz mais interessante.

Chego a me denominar poeta dos mal amados, dos ditos malogrados.
Bato na tecla, do amor não correspondido, ser mais interessante.
Vende mais, é intrigante.

Resta-me, tomar um gole de amor todos os dias.
Usar, o que me cabe e o que julguei não ter mais valia.
Ir ao fundo do poço e julgar-me culpada, todos os dias.

Rezar para que não me falte, e na falta implorar, rastejar, mendigar um cálice que seja de um amor em desuso.
Jogado fora, aceitar de bom grado, esmola.

Cristiane, sóbria.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estranha de amor.



Hoje escutei umas dezenas de vezes, a música *Nosso Estranho Amor*, a cada termino, me vinha uma vontade de recomeçá-la, um desejo enorme de recomeço.

Acho em verdade que, minha alma sentia a necessidade de decifrar cada palavra que ali estava, sendo divinamente cantada por Caetano.

Assim vou eu embalada e perturbada o dia todo.
Acho que os ventos de ontem, ao invés de levarem pra longe minha incoerência, trouxeram pra muito perto, essa perturbação, que vai tempo, faz parte de mim.

Tem um sol lá fora, tentando me dizer que mesmo sem poder, esta tentando ser forte.
Devo me espelhar nele.
Gradicida, queridinho.

Tenho um excesso de falta, inacreditável.
Incoerência transbordando que me leva a uma sensação térmica, baixa, quase mínima.

Hoje meus poros exalam neve.
Minha alma fria, resfria-se a cada hora à diante.
Com a proximidade da tarde, meus pensamentos chegam à conclusão que terei um ice Berg, alocado em meu coração.

Gostava de quando era toda verão.
Falta-me o suor provocado, o quase derreter insinuado.
Lembro ainda de quando em erupção, não se poupava esforços para a explosão.

Há! Esse estranho amor!

Cristiane, suspirando e ainda escutando a música.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lembrança...


Acho que o tempo frio, me leva mais ao passado.
Hoje eu quase liguei, sorte a memória não ter me ajudado com os números.
Quis contato, falar amenidades, fiz texto e deletei.

Penso agora em escrever um e-mail.
Mas, se você não ler de pronto, em seguida estarei arrependida e então tudo será em vão.

Sim, hoje instalou-se uma confusão mental.
Um desassossego que vem se mostrando, já há alguns dias.
E eu?
Eu consumindo-me .

Provavelmente eu nada farei.
Ficarei quietinha, aguardarei as vontades passarem.
Elas vão e vem, eu sei, passam.

Hoje ao quase sucumbir, eu me senti bem!

Cristiane, segurando-se.

Suposições.

Suponho que hoje nada me baste , supra,encaixe.
Algo me diz que hoje , dificilmente existirá letras que me preencham.
Sinto que esta lacuna ficará assim, caberá um ponto final e fim .
Passaremos à outra linha, folha, texto, vida e para não sentir-me como hoje, a opção é deixar-me assim.

Seguro lágrimas, desejos, seguro à mim.
Resta-me soltar os dedos, ver se derramo aqui o que tanto me falta lá.
Em momentos que me deixo estar e não ser, pessimista, a conclusão é que o amanhã atrasou-se.
Faz firula , enreda-se por botecos, portões por aí e não se preocupa em chegar.
Vai parando, conversando, pousando, ficando , sem pressa alguma de chegar-se à mim.
Manda avisar que chega, mas não vai correr.

Cristiane , supondo algo.

Dia dos namorados!



Lá vem, o dia dos chatos dos namorados.
Daquele povo inconveniente, te cobrando empolgação, aliança na mão.
Valei-me meu Santo Antonio das Pendengas Antigas.
Olhai por mim Meu São Insuportável Valentim.
Protejam-me deste cúpido vesgo, enlouquecido e sem noção.

Façam com que eu passe por esta data, sem resmungar.
Sem lembranças desastrosas, sem promessas melosas.

Afastem, os maus pensamentos e os que eu possa julgar bons, sei que não serão, ao menos nesse momento não.
Que eu possa, acordar dia 13 sem ressaca moral, sem a necessidade de pedir desculpas e lançar a frase célebre : - Foi mal!

Que me baste uma taça de um bom vinho, um bom filme, um edredom quentinho.
Aquele livro deixado na metade, Ella Fitzgerald, me encantando, me levando a beira de um ataque.

Em se sabendo que:
A gente não quer só comida...(Titãs)
... também gosto de alarde, sexo selvagem e um pouco de arte.
Suponho que só um namorado simplezinho não me cabe.
Isto posto, Valha-me minha Nossa Senhora da Boca Arreganhada, deixe que eu passe esse dia dos tais namorados, se não alheia, apenas enamorada .

Cristiane, abominando o tal dia 12/06

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Aquele Plano Para Me Esquecer * Adriana Calcanhotto*


E tudo isso um dia vai passar
Se deslocar no tempo, esmaecer
Deverá desbotar, desimportar
Então seu plano para me esquecer
Esqueça, esqueça, esqueça, esqueça...

E aquele amor aonde quer que esteja
Se bulir, vai ver 'inda lateja
E se no fim, no fundo, permaneça
Aquele plano para me esquecer
Esqueça, esqueça, esqueça, esqueça...


*****Em meio a uma insônia, vi a Linda Adriana C. falando por mim*****

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Posso...


O fato é que eu poderia, cochichar.
Sussurrar.
Escrever e depois rasgar.
Guardar pra mim, tão bem guardado, que ao procurar, não achar.

Confessar .
Rogar segredo.
Digitar e deletar.
Ruminar uma noite toda,  ao acordar, nem mais me lembrar.

Afirmar, depois desmentir.
Jurar, depois assumir a blasfêmia, pagar a penitência.
Fingir um sossego e depois mostrar-me desassossegada em verdade.

Opções não me faltam, tenho até algumas guardadas nas mangas, outras nos colarinhos e umazinhas perdidas nos bolsos.
Mas..., no sentido de porém e Mais no sentido de somar...
...eu gosto de gritar...
...me expor, chorar.
...exclamar, soluçar.
...debater-me, suar.
...correr, não parar.
...deixar claro, publicar.
Perder-me de amor, com a possibilidade de não mais me achar.

Cristiane, não escondendo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sem prumo em meu rumo.


Descompensada, desajustada, teria mesmo que estar um ínfimo mais pra cá.
Um nada que fosse, mais para lá ou até utilizar um guarda chuva para me equilibrar.
Parece-me que realocar, um tiquinho só, seria de grande valia.

Depois que estremeci, nunca mais fui a mesma.
Amém.
Transformar-me é questão de honra, manter-me no eixo o grande desafio desta minha vida.

Na contabilidade atual, vale a pena aprumar-me .
Buscar o meio termo, não voltar rouca e descabelada do labirinto.
Encontrar a saída, antes da ampulheta virar.
Antes, do sino soar.
Antes, do apito tocar.
Antes, do meu mundo ameaçar-me de acabar.

Passeio nessa linha tênue, de olho no apagar desse pavio, nesse fio de navalha .
Surpresa é não me sentir todos os dias encurralada, ficou em mim, algo de destemida
,uma alma valente, um coração crente.
Tenho certeza que isso não me basta, mas me salva, todas as vezes que penso não haver saída.

Existem cobranças internas, que contrabalançam com dividendos externos.
Nenhuma conta que eu faça, é exata.
No resultado dos meus noves fora, falta mais do que sobra.
Talvez denomine-me uma dízima periódica, com períodos bem férteis e outros tantos de útero seco.

Ainda me assusto quando vejo meu ponto final, multiplicando-se e renascendo em reticências.

Cristiane, visando um equilíbrio.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ainda falando de Frio.


Sei, sou repetitiva, em dias frios, maçante, taxativa.
Sei, em dias frios essa enfermidade, esse vício do renegar outras estações do ano, salienta-se, em e de mim!

Tem dias que venho justificar-me.
Outros, somente blasfemar!

Tento não reclamar tanto, mas é tanto frio em mim, que rendo-me, segundo minha visão à estes desencantos quadrimestrais.
Finjo mesclar assuntos nestas escritas, abrir o leque, falar mais profundamente da vida.

Faço menção, aos autores que estou lendo.
Misturo com os que jamais lerei.
Pego estrofes de músicas e trechos de novelas.
Tudo para esquecer, que sinto-me fria e ainda nem mesmo é inverno.

Hoje por exemplo citaria Mário Quintana, não quando ele diz para :
Amar-me baixinho, deixar em paz aos passarinhos.
Mas hoje eu lhe citaria, quando ele como eu em desespero, questiona-se:

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
( Mário Quintana)

Porém igualmente, sei que pensarão:
Volta ela sempre à mesma questão.
Se não reclama do frio, fala sobre a saudade, em vão!

Cristiane, Quintanada.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fria...




Quando faz frio lá fora , eu recolho-me aqui.
Dentro.
De.
Mim.

As vezes, lá pro meio-dia, eu me abro.
Deixo alguns raios solares, entrarem.
Assim que me sinto aquecida, sem nenhuma prudência ou fineza, me tranco.
Fecho as janelas, bato a porta, passo a tranca nela.

Não contabilizo a deselegância, muito menos a falta de tato em fazer alguma sala, dizer um muito obrigada e despedir-me à contento.
Simplesmente, me entro.

Volto para onde,  me sinto acolhida.
Ainda que tolhida,  volto para onde me cabe.
Quando encolhida me sinto.

Sim.
Sei.
É fase,  logo passa.
Mas por hora, passo por isso.

Cristiane, friorenta.