quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Voltinha ao passado.



Sei, você, tal como eu, sabe exatamente qual é a sensação, de já ter estado aqui.
Um remember forçado, um Déjà vu aliado.

A nítida impressão, que se não estive aqui, aqui já esteve em mim.
A dúvida latente, se já passei no passado, ou se passarei no futuro.

Chega a não ser, engraçado.
Beira a façanha, do desesperar calmamente.
A incoerência, do serenamente enlouquecer.

Já estive, tantas vezes aqui, que hoje cheguei de olhos fechados.
Tinha café na garrafa, sequilhos no potinho de vidro.
No chão, farelos da última visita.

A porta estava entreaberta, a janela sem trincos.
O rádio ligado, a luz do corredor acesa.

Sentei na pontinha do braço do sofá, desta vez fiquei um tempo menor que da outra.
Estranhamente, a casa não tinha mais o seu cheiro.
Levantei.

Voltei, sem deixar um recado na geladeira.
Enfim, não desejei dizer que voltaria depois.

Cristiane, voltando do passado.

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