quarta-feira, 13 de julho de 2011
Nem tudo, muda!
Eu tinha mudado os móveis de lugar.
A cor do cabelo.
A forma de me arrumar, o jeito de andar!
Não falava mais, sobre alguns assuntos.
Minhas gargalhadas, agora eram mais escutadas.
Mudei o curso.
Desviei o rio!
Chego e saio em horários, nada óbvios.
Minha ginecologista, não é mais a mesma.
Eu, não sou mais a mesma.
Mas continuo me sentindo, igualmente, bem!
Dentre tantas alterações, mudanças e adequações...
Esqueci de mudar o esconderijo, da chave.
Até mudei o capacho, mas ... esqueci de tirar a chave.
Quando ele chegou, eu estava no mesmo lugar.
Sentamos na mesma posição, à mesa.
Terminamos aquele assunto, interrompido anos atrás, como se houvesse apenas uma pausa, de uma tosse.
Avisou, chegou, entrou!
Desarrumou-me, desconcertei-lhe.
Encontrou-me, reencontrei-lhe!
Visitou-me como se nunca houvesse, partido.
Ele deitou no lado dele, da cama.
Minha.
Eu adormeci no ombro, esquerdo dele, como de costume meu!
Cristiane, agora já acordada, mudada!
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