terça-feira, 27 de setembro de 2011

Louca Sanidade.


Enquanto alguns procuram o equilíbrio, eu gosto de sentir a base tremer, o fogo pegar, minha pele arder.

A tranqüilidade me incomoda, em meio à calmaria, eu ouço vozes, falo sozinha.

Minha estimativa de paz, é desajustada, desmedida, desejada e alcançada, a paz é minha querida, aliada.

No silêncio, de meus mais íntimos pensamentos, dou a doida, grito, fico rouca, deixo minha voz ecoar no vento.

Algo em mim, busca acalanto, outros muitos algos, só se satisfaz com desentendimentos.

Não me assusto com o que vem de fora, só de dentro.

Quem me olha de fora, fica fora, no entanto não os culpo, são poucas as senhas para estar e olhar dentro!

Acho que confundo Deus, quando é hora de caminhar, eu corro, quando é hora de correr eu desacelero, ofegante, sento, quase morro, desespero.

Há que se ter muita fé, nesta minha vida, neste meu angu de caroço, em minhas loucas escolhas, às vezes desmerecendo o outro.

No mais, nunca estou só, entre a loucura e a sanidade, tem muitas pessoas ao meu redor, uns espreitam, olham de longe, não se chegam, outros ousam chegar bem perto, alguns até no meu leito, na noite eu os amo, no outro dia, os odeio!

Cristiane, sã!

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