segunda-feira, 29 de maio de 2017

Ciclos



Sobre ciclos da vida... que eles começam sem Ata de reunião, hora marcada, sem eu ser informada e terminam sem aviso prévio.
Ela chegou, mansa, afetuosa e nunca menos geniosa, dando indícios do por que veio. Invadiu minha vida, da minha família e tomou meu coração pra si.

Fez refém os meus melhores sentimentos, teve de mim os melhores agradecimentos, merecidamente, sem pretensões maiores, fez-se em mim um dos meus amores, maiorais.


Não éramos baú, e toda fofoca era bem vinda e nossos segredos juramentados, mas sempre contados.

Foram tantos ensinamentos, que pretendo não decepcionar.
... e na nossa melhor negritude, éramos tão claras uma com a outra, que hora e outra, tínhamos nossos atritos, e saía faísca, e essa faísca acendia e mantinha a chama do nosso nos querer bem...bem acesa. Amém.

Ela jogava no meu time, torcia pra mim, apostávamos uma na outra e Páh... ganhávamos sempre. Respeitava minha religião e acreditava que todo dia era nosso dia Santo e de Santo. Trocamos alianças, nos alinhavamos. Minha amiga de infância, minha parceira de lambança. Uma das minhas mães, quando a minha precisa que alguém cuide de mim, como só ela cuida.

Tínhamos nossas coisas... estranhas, nos estranhávamos, mas não éramos estranhas uma a outra. Tínhamos nosso escambo particular, Velas vão, alfaces vem... Deus... como nos dávamos bem!

Todos os meus eram Dela, todos os dela, são meus!

Nós não tínhamos limites... igual o cartão Dela.  Agora sou mais pobre... ainda bem que eu sabia que Ela era uma das minhas riquezas... eu sabia!
Hoje o textão não terá fim... eu vou parar pelo meio, como a vida fez conosco...
Para eu agradecer, Oxalá Meu Pai, o privilégio de Tê-la em minha vida, comigo ... dentro de mim....

Hoje eu paro por aqui... sem conclusão, sem ponto final, sem frase de efeito.
Quero deixar em aberto,  poder acrescentar sempre que couber, o meu eterno agradecimento

Segue linhas infinitas em branco....

Cristiane Gonzaga,    Amiga, filha, Parenta, Coléga e parceira da Fulana



Um comentário:

  1. Sim, fomos pegos de surpresa. Tanta vida dentro dela, que fica pra nós o vazio aqui fora. Que só é preenchido quando nos lembramos dela.

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