segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Analisando-me.



Tinha uma bic nas mãos, algumas idéias em mente, um coração metido à valente.

Tinha ousadia de sobra, marra que transbordava, uma ingenuidade á mostra.

Tinha desejos obscenos, vontades incontroláveis e minhas ressacas nunca foram imorais.

Descia ao submundo e quando submergia, o salto era sempre mais fino e alto.

Tinha algo de donzela enfurecida, menina recatada, adolescente desprendida.

Fui lá, fiz acontecer, vivi cada segundo de olho na ampulheta, parecia que eu estava sempre atrasada, sempre fui afoita, mas disfarçava.

Cresci rápido, tive períodos encruada, em outros, crescia tanto que parecia ter sido enxertada.

Trouxe comigo, muito daquilo, bom chegar aqui e sentir que quase nada perdi, que muito ficou e outras tantas coisas transformaram-se.

Ainda sinto-me eu, afoita, ardida, atenta ,amarga, doce( nem sempre), carrego uma bula com prescrições médicas.

Me agite, antes de tomar!
Caso os sintomas permaneçam, sinto, não vai adiantar procurar um médico!

Cristiane, falando de si.

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