segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Momentâneas II

Agorinha.

Afoitos meus dedos quiseram se manifestar.
Darei espaço, nem que seja papel de pão, nanquim, talvez carvão.
A necessidade me parece tamanha, que nem me passa pela mente podar.
Deixarei que falem, expressem, demonstrem, descondifiquem- se .
Não há interesse em esconder-me.
Instantes como estes, merecem registro, atenção, aceitarei de bom grado, o que tiverem a me dizer.
Vou ler.
Sinto uma força imediatista, algo pra ontem, chegando atrasado.
Vem batendo na porta, insistente, afoito, esbaforido, resistente.
Chega trocando palavras, comendo plurais, cuspindo verdades.

Agora que já foi...

Aproveite!

Agora que a opção foi feita...

Aproveita!

Agora, que não tem volta, fica.
Agora, que não voltas, vai.
Agora, que não me tem, aproveita, me rejeita.
Agora, não me venha, não se traga, não me leve.
Agora, não me julgue, não me conjugue, me esquece.

Agora, toma-se o dito pelo não dito, Deus tome conta caso haja algum coração aflito.

Cristiane , tenho dito.

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