sexta-feira, 11 de junho de 2010

Um momento febril.





Sinto meu corpo quente, um pouco é febre, um pouco é manha, alma e o corpo se rendem.

Meus olhos, apesar dos artifícios, perderam um pouco do brilho, porém, hoje enxergam um pouco mais longe.

Eu quis, querer o que o tempo não leva, para que ele não levasse o que eu queria.Quis usar de artimanhas da minha inteligência, para deter o que não tinha.

Salvei todos meus dedos, me sobraram alguns anéis, não pasme, eu tinha esconderijos, reservas, ressalvas.Estava alerta, sabia que mais cedo ou bem mais cedo, só ficaria o que me pertencia.

Não sou dada a fazer acordos, sem estar acordada.Sei, eu sou sonhadora, mas meus sonhos, são velados.

É tanta imaginação, tanto querer, tanta ação, que me emaranhei nesse jogo, por inteira, agora, não soube voltar aos poucos. Me joguei nele e hoje me atirei na direção contrária.

Não me avisaram que ser intensa doía tanto, já que eu ao ser intensa, era só amor e fervor.

Hoje por acaso, ri de um tanto de coisas, ações, reações e confusões. Faço minhas opções.

Tão forte e tão vulnerável, incoerente, meio, lado e frente!

Tantos porquês, separados e juntos. Eu solta!

Isso, quer dizer tantas coisas, mas Isso não tem autorização para esclarecer, não ousa!

Minha face queima, meus olhos se fecham, minha mente se abre, meu coração arde.

Me envolvi com Neruda, agora não sei fazer poesia sem a dor do amor, não sei amar sem poetizar.

Um dia a gente se abre,  vê tantas possibilidades...

No outro dia, a gente se fecha e culpa a verdade.


Cristiane, delirando!

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