segunda-feira, 28 de março de 2011

Venha...


Forte me sinto, quando fraca me tens.
A intenção é, não interromper o ciclo do tempo.
Achas que deves ficar, fique, porque a certeza há de chegar.

Não lhe prometo nada agora, mas fique e certifique-se de que é o melhor à fazer.
Não quero interferir na sua decisão.
Me pediu, eu lhe ofereço todo o tempo do mundo.

O que não posso oferecer, são respostas que não possuo.
Sentimentos que não lhe tenho.
Olhares, que não vão em sua direção.
Acesso livre para pensamentos restritos, à você.

Sim, eu também sou isso.
Incógnita e decifrada.

Ao menos sabemo-nos partilhar.
A escolha é sua.
O aceite é meu!

Levo fé que tudo sairá à contento.
Faço votos que, venhamos a rir desse momento!( mais que ontem).
Existe uma torcida, não tão organizada, quanto nossos sentimentos mereciam, mas à nosso favor.

No entanto, posso lhe dar umas dicas :

Não me aperte, que eu grito.
Não tente me manipular, que eu pulo.
Não deseje conhecer-me totalmente, que eu própria me desconheço.
Não burle as regras.
Ouça o que Chico lhe diz: Não se afobe não, que nada é pra já!

Por hora, fica com meu carinho e com o meu orgulho de ver-te enfrentar teus sentimentos e verdades com a nobreza e hombridade, que muitas vezes vi faltar por aí.

Cristiane, deixando o barco correr!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dar-me-ei ao luxo.



Beiraria a exuberância, presentear meus desejos, com a satisfação de ter-te, toda vez que eles optam por você.
Luxo seria, ao amanhecer, virar para o lado na cama, ainda bem sonolenta e ter minha pele roçando na sua.

Sentir-me-ia um patamar à cima, quando na urgência da minha luxúria, ouvir-te chegar, nada modesto, nada sútil, todo em mim.

Despedir-me com um até logo e logo que meus hormônios voltassem a entrar em erupção, poder recepcioná-lo em meu corpo.
Como se você estivesse ido, à pouco.

Seria bastante esnobe da minha parte, dizer que quase nada tem de irreal,  neste texto, simplezinho.

Cristiane, luxuriosa.

terça-feira, 22 de março de 2011

Até o Fim* Chico Buarque*

Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim

Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

"inda" garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão , eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim

Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim

Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim

Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim ?
Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vou
Mas vou até o fim

Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

******Salve Chico, fica a lição , de que mesmo quando eu não me lembrar mais pra onde vou, que eu vá até o fim!****

sexta-feira, 18 de março de 2011

Até mais.

Lá se vai ele.
Crente, cônscio de que cumpriu sua missão.
Bate seu cartão, dá-me as costas, bate o portão.

Fico na janela acenando, mas ele não se vira, sabe que estou ali e não me dá atenção.
Penso em gritar, chamar-lhe, mas ele já fez sinal ao motorista, já não me escutará mais.
Vejo-o virando a esquina, deixo que algumas lágrimas, inundem minhas retinas.

Sem forças para sair do lugar, apoio-me como posso nessa janela.
Sei, todo ano passo por isso, tentar acostumar-me é o meu vício.
No entanto sofro, pela espera da chegada, padeço em toda aproximação da partida, sua.

Já jure , não blasfemar, me comprometi em não desmerecer as demais estações.
Mas se me calo, não sou eu, se não demonstro o quanto o verão me é querido, periga ele se ofender e por castigo, vir mais compacto, mais sisudo, mais frio...comigo.

Não correria esse risco, me debato na ida, me sacudo na volta.
Faço birra, cena, manha, como se fosse as preliminares de boas vindas à nova estação.
Não aprendi fazer cara de paisagem, quebro o protocolo, me desmancho e depois junto, me colo.

Já sinto os passos do Outono, sua brisa já me acaricia, suas folhas já deixam rastros em meus caminhos.
Sempre tento resistir á esta estação, que chega e se vai me confundindo.
Nunca me deixa advinha-la,entende-la, prevê-la.

Brinca comigo, com meus sentimentos, com meus calafrios.
Sou marionete em suas mãos, dias lhe acho tão chic, efusiva , em outros, me passa uma mesmice, uma suprema ingratidão .

Seja como for, que se vá, se acha que tem que ir.
Que a resignação anual me tome, que o Sr. Outono me chegue, assim que eu me proteger com um casaco meia estação.

Cristiane, dando um até logo ao verão.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sorte Sua!


Não sou dada à arrependimentos, mas eu poderia ter aberto mais a guarda.
Deixado, algumas senhas contigo.
Ter colocado mais miojo no seu prato, do que no meu.

Eu deveria ter corrido mesmo de pijama, aquele dia.
Podia abrir mão, da maquiagem, do salto e da bolsa combinando.
Foram minutos, que eu não usei ao nosso favor.

Tinha que ter ficado mais na cama.
Levantar, pelo simples fato de já ter passado da hora do almoço, não cabia.

Nossa sorte é você, ter o dom da persistência.
Minha sorte é você,  me puxar pelo braço, quando eu bicuda, cismo de ir embora.

Meus rompantes, são minuciosamente não planejados.
Sorte minha, que você vem me decodificando, aos poucos.

Sorte mesmo, é você concordar comigo, no fato de que quanto mais livre me deixas, mais junto me tens.
Gosto de quando me deixa ir,  quando escuto você sussurrar, que não importa onde eu vá...
Vamos nos encontrar!

Sorte sua , eu ser tão minha.

Cristiane , achando-me com sorte.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Não me desculpe, por isso!



Eu sei.
Eu não te liguei.
Na correria do dia a dia, deixei me levar.

Talvez, seja assim que paixões em labaredas, terminam por se apagar.
Tranqüilize-se, isso conosco, não se dará.

Não, nunca cairias em meu esquecimento.
Porque estamos tão unos que, esquecer-me-ia antes.
Salvo, a euforia do momento, nossos momentos.

Sim existe uma luta interna  sendo travada.
Alertas não me deixam, desatentar .
Se vou, não volto.
Se não vou , revolto!

Não sinta, por me procurar mais vezes, do que consegues me achar.
Amarras não me permitem a reciprocidade, mas nada nos impede de sermos quem somos.
Sei, que não necessariamente necessitas ir à fundo, para entender-me.

Faço questão, de nada te esconder ou não deixar transparecer.
Me conheces, ainda que me digas aflito, não me reconhecer.

As mutações, foram involuntárias, ando mais introspectiva, só isso...
Creia, nada contigo!
Hoje, em especial, tudo consigo!
Fazendo uso de uma licença poética, esbanjando da melhor forma que me convém, verbos e pronomes.

P.S. : Vou te ligar!

Cristiane, desatinada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia do vim à passeio!

Tem dia, que faz bem não levantar!
Não acordar, não despertar.
Virar pro lado, ignorar!

Tem dia, que podemos abrir mão dos cremes.
Deixar alguém tomar o leme.
Passar a vez, desentender os porquês!

Rejeitar, o sempre desejado.
Valorizar o acaso.
Não sofrer com o inesperado.

Tem dia, que é necessário não irritar-se com absurdos.
Rir de um galanteio , chulo.
Assumir sua idade com dignidade.
Ignorar, os quilinhos adquirido no feriado.

Mentir por causas , não tão nobres.
Aceitar desculpas , esfarrapadas.
Deixa o outro crer , que você acreditou.

Tem dia, que o melhor que temos à fazer é não fazer muito .
Desse não muito, fazermos bem pouco.
Porque todos os outros dias, que não são este, sabemo-nos, ser diferentes.

Cristiane, internacionalmente mulher!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Encontro não marcado!


Vou te encontrar, neste carnaval.
Em algum bloco, destes por aí.
Não sei, se na corda ou na pipoca.
Mas eu estarei atenta.

Sei, podemos nos perder na multidão, mas não quero combinar nada.
Vou deixar o acaso, nos unir.
Já planejei muito esse encontro, agora quero ser pega de surpresa.
Mas vou me manter, pronta.

Se houver desencontro, será momentâneo.
Será passageiro.
Virá apimentar, acender ainda mais nosso braseiro.

Digamos que seja um acaso, pré anunciado.
Não preocupe-se, se você não me achar.
Eu te acho.

Sejamos o Pierrô e a Colombina do futuro.
Vamos de cara limpa e deixar as fantasias internas, desfilarem.
Desabrocharem, concretizarem-se.


Tudo bem se estivermos em escolas separadas, acredite.
Tudo bem sambar separados, se depois pudermos comemorar juntos.
Não creio, que terá algum jurado capaz de nos dar menos que ...
10
10
Nota 10!

O intuito é encontrarmo-nos.
Re encontrarmo-nos.
Por fim, estarmos.

Tenho certeza, sua mão encontrará a minha, seus olhos focarão os meus, sua boca calará a minha, nossos corpos tomarão as rédeas da situação.

Tudo que temos à fazer, é estarmos lá no horário, dia e local , nunca combinado.

Seja você quem for!
Seja o que Deus, quiser!

Cristiane, festejando .

Grito de carnaval.













Penso em, ministrar a abertura da jaula.
Se tem que ser, se posso ser, porque não sê-lo?

Deixarei meus bichos com habeas corpus, por tempo determinado.
Hei de me permitir,  pular,  sacudir, chacoalhar, dentro e fora do ritmo.

Caso eu atravesse o samba, façam ouvidos mocos.
Dêem uma de doidos.
Lembrem-se que a data, me possibilita, ir além e chegar um tantinho mais pra lá.

Vou manter o otimismo, na comissão de frente.
O fervor que tenho aqui dentro, no abre alas.
Acreditar que haja o que houver, na quarta-feira, serei passiva de absolvição.
Então, deixarei cair.

Vejamos se esta festa carnal, me consome.
Quem puder mais, fica mais completa.
Abraçarei todos os ritmos, sambarei nas pontas.

Tenho vontades em gritos, desejos não domados.
Ânsias bem desenvolvidas, aconselho aguardarem os resultados.

Cristiane, gritando.