segunda-feira, 27 de julho de 2015

Um Brinde.





Um brinde, aos nãos,  que te dei.
Aos sins que,  jamais neguei.

Por negar-te algo.
Logo em seguida,  ceder, ainda que sem perceber.

Por tentar confundir-te.
Por sempre, querer esclarecer.

Pela distância.
Sobretudo pela arrogância, de ter-te tão em mim!

Pelos dias de separação.
Principalmente,  por estas mais de três centenas de dias, em união.

Por não acreditar em nós.
Hoje desacreditar, no desatar de tantos nós!

Um brinde, à nós!


Cristiane, brindando hoje!

Caberia, mas...



...mas eu sou dada ao exagero.
Não exagero quando,  desfaleço.
...em teus braços.

...mas eu sou destas, que  se vangloria.
Quando escuto, ao pé do ouvido.
-Tu não prestas!

...mas eu quero mais, mesmo quando.
Já não posso, contigo.
Ainda assim, reservo-lhe, gemidos.

...mas eu não sei relevar.
Grito, esbravejo, digo-lhe injúrias.
Não sei perdoar, não apreendi, esquecer.

...mas eu sei sentir e dizer.
Estar apaixonada e não esconder.
Estou feliz, por poder, ser eu mesma, com você!

Cristiane, cabia .. mas...


Caberia hoje...



O que não consegui, todos estes dias.
Por todos os dias que, fervi e transbordei sentimentos.
Que ao não me conter no sussurrar,  gritei.
Por quando você me pediu calma,  acelerei.

Conseguir resumir, as emoções de um ano...
No máximo em, três sutis e modestas linhas.
Não alardear, brindar com apenas uma taça, de vinho.

Primar pela elegância das atitudes, pela sutileza das palavras.
Só hoje, não exagerar nas emoções.
Manter o semblante sereno, o coração à dreno.
Aprisionar, alguns sentimentos.

Acalmar a alma, sossegar o espírito.
Evitar os tremores constantes.
Optar por chás e calmantes.
Substituir os ruídos, por clássicos e eruditos.


Cristiane, pensando como seria, não ser-me!Caberia hoje...



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Tensão.



Deus me livre do morno.
Do dia sim, dia não.
De um relacionamento, sem transtornos.
De uma paixão, sem confusão.

Quando eu decidir, não falar mais com você...
...e desligar o telefone, aos berros, aos gritos.
Quero ligar de novo, reiniciar a conversa do inicio.
Para não ficar o dito, pelo não dito.

Vou te chamar para conversar, mesmo...
... sem querer dar uma palavra.
Você insistirá, se desculpará, mesmo sem saber do que se trata.
 Vou fazer bico, vou chorar.

O dia que eu não der, bom dia.
A noite que, não houver boa noite.
Liga.


Cristiane,  em Tensão, pós e anti *m*

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Confere?



Estava eu  quieta.
Até que, minha quietude.
Desaquietou-te.

Minha clareza, inspirou-lhe.
Foste tão claro, comigo que...
Turvou-me a visão.

Fui firme contigo.
Foste surpreendente, comigo.
O dito pelo, não dito, deu-se a danação.


Cristiane, conferindo!

Em cena.



Vamos repassar, até a exaustão.
Para que não se tenha dúvidas.
Aquelas, mesmas dúvidas.
Que sempre existirão.

Vamos reler o scripit.
Bater o texto.
Auxilie-me nas pegadinhas.
Nas tais fatídicas, letrinhas.

Venha com calma.
Precisamos da máxima atenção.
Empenho dobrado.
Determinação.

Reza a lenda.
Registra-se o fato.
Desta vez, estamos unos.
Finalmente, no mesmo ato!


Cristiane,  deixando de encenar sozinha.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Só por hoje.



Poupe-me da abstinência do teu cheiro.
Quero uma overdose, dos teus beijos, nossos apertos.
Vivo a fissura, do teu abraço.
...a larica desse apego!

O plano é me livrar, ficar limpa, mas...
Hoje ainda quero, chafurdar em teu sorriso.
Só por hoje, beberei dos teus desejos.
Atenderei aos teus pedidos.

Vou  embriagar-me.
Ter alucinações, misto de felicidade e medo.
Amanhã eu me liberto.
Só por hoje, eu me enveneno.

Cristiane, viciada.


Desejo.



Luto por um mundo, com mais dízimas periódicas.
Reivindico que meus momentos de felicidade, tenham reticências.
Que minha prova dos nove, não se conclua.
Quero sobras, sou dada à aparar arestas.

Gosto de pagar o preço, parcelar os juros.
Viver como se hoje, não me fosse suficiente.
Chorar,  para me acabar.
Sorrir, até desmilinguir.

Concluo que do tudo que  me chega, sempre me falta muito.
Que quanto mais eu tenho, menos eu quero deixar de lado.
Sou uma máquina, de  criar desejos.
Desajustada.


Cristiane, desejando.