quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

 

Trancafiada na Pandemia.




Era uma questão, maior que meus desejos.

Aqueles, que tenho, vez em quando.

E quando em vez, exponho, recolho, tranco-me.

 

A decisão, tinha que ser unanime.

Nada tinha a ver, com minhas fases de introspecção.

Meus sentimentos egoístas, não puderam estar em voga.

 

Eu que muitas vezes, me recolhi, para renascer.

Fui obrigada, a me encolher!

Para que eu e os meus, pudéssemos viver.

 

Cristiane, relatando a pandemia.

 

 Tempo, tempo, tempo!


Faço um acordo contigo...

É nítido, que não ornamos.

Não somos compatíveis.

Não nos damos.

 

Existe um ranço, mútuo.

Um fuso horário, desencontrado.

 Onde nossas opções foram discrepantes.

Quando eu lá, você cá!

 

Entendendo, que não vieste para me servir.

Entenda que, não vim para lhe ser subserviente.

Ainda que não me favoreça.

Por gentileza, não me atropele, não me enlouqueça.


Cristiane, Obrigada, de nada.

 Ponta dos dedos.


Hoje, senti um formigamento na ponta dos dedos.

Queria ser dada à arrepios, para entender minhas intuições.

Mas as minhas, me chegam assim:

Ardendo, minhas mãos.

 

Fez-se um tempo, muito longo.

Deixei, deu-se um intervalo gigante.

Um espaçamento, avassalador.

Não escrevi, não descrevi minhas vitórias, minha dor.

 

Entendo que é tempo de renovação.

Mas tenho um comunicado, meu caro leitor.

Tenho um passado, passado, não publicado.

Sentimentos, sentidos, não digitados.

 

Cristiane, sentindo pelas pontas dos dedos.


quinta-feira, 16 de abril de 2020

QuarenTema.







Quarentema!

Atípico e inusitado, esse meu mês de aniversário.
Um Abril, nunca antes visto e vivido, na história deste País.
Ariana em isolamento pessoal, sem ser opcional.

Quem me diria, quem nos diria...
 Quem me dirá?
Ariana sem tumulto, fervo, festa, vucu vucu.

Ariana, mantendo distância, por precisão?
Tendo que escolher, pessoas, por imposição?
Coisas que sempre fiz, por diversão!

Se era para ser castigo, após as chibatadas.
Não esqueçam a salmoura.
Ou, sou capaz, de me acostumar.

Viver em isolamento.
Achar graça.
Sozinha, bailar e cantarolar.

Cristiane, quarentenada.


Um tatinho de mim...





Um tantinho de mim...

Sou dada abraços efusivos, locuções estridentes de amor.
Gosto de festejar-me!
Auto estima, é amiga próxima, aquela que mata na unha e afaga, se necessário for.

Seletiva por, intuição, desejo, frescura e cisma.
Minhas, ponto.
Sigo, parcelando os erros, convivendo com os, nem tantos, porém meus, acertos.

Excesso, é meu segundo sobre nome.
Temos esta relação, de amor e ódio.
Por ele, peco, sofro, exagero, mato e morro.

Ponderação, é   aquele supérfluo, que eu sempre desejei no porta joias.
Aquele anel de brilhantes, o brinquinho de pérolas negras.
Que seria usado, sempre em momentos decisivos.

Sim, nos outros momentos, trabalhamos, com espontaneidade.
Um tantinho de estudo, vivência, fé e a tal soberba.
Que se dela não falo, não concluo o texto.

Cristiane, em  um tantinho de mim.



ABRIL!






Abril!

Como um zíper, manuseado por mãos habilidosas.
Talvez como uma cratera, em um solo, mal utilizado.
Abril, sempre abre, lacunas em mim.

Abriu e curiosamente, não sei o que encontro.
Nem mesmo, se me encontro, neste infinito.
Neste emaranhado de sentimentos, gigantescos e igualmente restritos.

Abril, abre-me, rasga-me o peito, fora a fora.
Dilacera, exponho-me e como um não sei que...
Ele finda, passa, acaba e vai embora.

Refaço, fecho, reintegro-me.
Então...passo a mão sob as cicatrizes.
Consigo contar os pontos, externos, um a um.

Nada, volta a ser como antes!
Abril, abre-me leques, oportunidades, verdades.
Um ciclo, único, meu e estranho, mas seguimos jogando aberto.

Cristiane, abrindo-se em Abril.