segunda-feira, 14 de junho de 2010

Quando as palavras não chegam , a gente manda buscar.



Uma a uma vão se chegando, agrupam-se, mas teimam em não dizer, porque optam por não ficar.

Terminam por não confessar, o porque de querer se calar, indo contra sua natureza, querendo quietas estar.

Dizem que de emoção, perderam-se , eu não acredito, digo que havia tantas coisas a se perderem, não seriam elas as primeiras a desaparecerem.

Duvido que não tenham escutado seus ruídos, na madrugada, seu sair desapercebido.
Há quem não queira se comprometer, sei bem como isso se dá, abstenham-se , se querem ir e não voltar, não serei eu a forçar.

Questionar é coisa minha, incomodar é resultado, se não me dou por satisfeita, ponho-me a procurar um outro meio para o meu desabafo.

Hoje que o sol forte está, não me conformo, como elas desejaram me deixar.

Penso em esgotar minhas possibilidades, vou fazer boletim , anunciar na mídia, colar cartazes e pedir encarecidamente que alguém às ache. Vou oferecer recompensa, *mil dinheiros*, depois dou a sentença.


Nesse ínterim, vou fazendo minhas considerações, se foi por qualquer motivo que tinha, se não tinha e arrumou , ou se não sabe a resposta, tentarei me conformar, com essa ida sem volta.

Se sou eu que com meus olhos turvos, não consigo ás ver, perdoa-me , em algum momento me perco em mim, posso ter me escondido sem saber.

Seja da forma que for, fica aqui meu apelo, volte palavras me voltem, eu sem vocês, não caminho para o fim , paro no meio.
Fico sem eira nem beira, caio na bebedeira, olho para trás e só vejo poeira.

Valha-me meu São Longuinho, traga minhas palavras, que eu prometo dar três pulinhos. Ensaio uma cambalhota, um rodopiar num pé só, um salto maior, um grito no escuro e juro por tudo que me é mais sagrado, termino com os murmúrios.

Por fim e não para o fim , quando voltarem me digam ao pé do ouvido, sussurrando ou aos gritos, porque fazem isso comigo?

Deixam-me no pior momento possível, se afastam quando eu mais preciso, sabem que sem vocês, perco o equilíbrio, sou muda sem água, só na sombra não resisto, muda sofro, me prosto, fico e não mais vivo.


Cristiane, faltando palavras.

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