terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Por conta.



Deixe estar, que se eu for contar...
Há que se ter dízimas periódicas...
Resultados infinitos.
Que se for para  contabilizar, vão me faltar dedos nas mãos,
...conhecimento para uma conta do método kumom.

Eu que nesta equação, cheguei só querendo somar.
Fui pega de surpresa, quando vi estava dividindo.
Subtraindo, felicidade, sonhos e perspectivas.
Multiplicando a tal da persistência, potencializando a paciência.

Para minha história, não tem matemática que dê resultado.
Não há teorema, que valha o pitaco.
Não há progressão aritmética, que diminua o excesso de um resultado, onde o conjunto hoje é vazio.


Cristiane, fazendo contas. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Distúrbio.




Passa-se um período de sentimentos conturbados em mim.
O marasmo ameaça, mas não ousa, instalar-se.
Eu, quase sem forças, luto.
Mas... é uma luta com final comprado.
Contudo, continuo.

Alimento-me de fotos amareladas.
...de cartas, puídas, palavras apagadas.
...de uma vontade de amar e ser amada, hoje ultrapassada, devastada.

Nada aqui é unitário, nada em mim é básico, pacífico, original de fábrica.
Tudo muda, tudo é muito, tudo não é forma de me expressar.

Ao abrir os olhos pela manhã, já sei da minha sina...
Mais um dia de coração apertado, de sentimentos desenfreados.
Fato: Terei que chacinar uma alcatéia de leões, apenas pra começar.

Quanto mais me dou tempo, para que esses sentimentos resolvam, resultem-se.
Achem um denominador comum.
Mais acumulam, multiplicam, procriam, tomam-me.

Vivo de explosões internas, de invasões externas.
...de mistos de calafrios com calores arredios.
Vivo de possibilidades, de um amor, ao qual procuro, mas  não encontro... imunidade.


Cristiane, em distúrbio.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Excesso



 
Eu me dei de uma vez, para ver se eu te entorpecia de mim.

Para te causar uma overdose, para te livrar de uma abstinência, minha.

Não guardei nada, eu ria quando você quase se afogava .

Eu fiz de propósito, o propósito era te fadigar, te atingir.

Quando eu nada te negava, eu só queria te testar.

Para você, gritar, dar um basta, chafurdar.

Para você pedir arrego, socorro, para você desmilinguir.

Antes mesmo de você pensar em me  pegar, eu me chegava.

Quando sobrava eu em você, eu customizava-me e você me engolia.

Quando eu te via saciado, mais eu me oferecia, mais eu te queria.

Para ver se sua vontade, era ao menos, parecida com a minha.

Cristiane, excedendo.


Re...paginando ...



Tenho planos antigos, estratégias ultrapassadas.
Possibilidades, já testadas.

Tenho vontades de ontem, fome de coisas já ingeridas.
Ânsias de uma vida, já vivida.

Desejos já realizados, ainda assim...hoje mais desejados.
Vontades sem fim.

Aparentemente, só esse farto amor é novo em mim.
À olhos nus, em mim sou  toda um novo amor.

Talvez eu cometa erros, mais elaborados.
Falhas mais bem, analisadas.

Ainda dou a cara à tapa.
Ainda pratico o exercício do viver e apreender.

Tenho recaídas, o passado ainda é uma boa parte de mim.
Isso me faz querer, que todo dia seja diferente de hoje.
Assim explico sempre a falta de ontem!

Cristiane, ontem!