Já fui mais ousada, mais valente.
Diriam as más línguas, inconsequente.
Acho que era o viço da idade, a falsa certeza da liberdade.
A incoerência, que eu deixava para analisar mais tarde.
Sinto falta dessa eu, daquela insana assumida.
Do não contabilizar riscos, do flertar abertamente com a
vida.
Já fui mais Isolda, Dulcinéia e muito mais Bárbara.
Mais mocinha, bandida, arteira e faceira.
Sinto que hoje me resumo, num compilado disso tudo.
Sinto saudades, mas vale-me o lucro.
Cresci, ganhei o mundo.
Cristiane, em constatações.