quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Resumindo.


Ousaram me dizer, não vá.
Não se aborreçam comigo ou, se aborreçam.
Sei lá.
Não se iluda, isso não tem nada a ver com você!

Até porque o não ir, não me cabia.
Não me era opção, ironia.
Eu não estou pra brincadeira.
Eu não estou pra galhardia.

Quando eu quero, eu tomo de assalto.
Não peço licença, nem mesmo imploro.
Levo algum tempo, isso é fato.
Caso eu caia, será sempre no salto.

Pago meu preço, divido, parcelo, penduro.
Eu choro, blasfemo, engulo.
Não corro das responsabilidades.
Nem sempre com resultados positivos.
Ousar é meu vício.

Cristiane, no dia não.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Vida minha!



Vou de pouco, vivendo bem de pouquinho.
Nem sempre sou regra, quase nunca exceção.
Falar de mais é vicio, obsessão.

O exercício desafiador é executar.
Cumprir o que foi dito.
Viver das minhas verdades.
Seguir meu manuscrito.

Não sei rascunhar a vida.
Me dói um pouco mais, porque vivo ela já passada à limpo!
As vezes dói tanto, que chego a não ter tempo de me orgulhar disso.
Muito prazer, é assim que eu vivo.

Minhas verdades, são só minhas.
Todo e qualquer erro meu, são os meus acertos.
Porque certo mesmo é tentar, persistir, perseverar.

Hora estou cheia, transbordada, entupida.
No momento seguinte, me falta de um tudo.
Chega a me faltar, animo, vida.

Nem tudo caminha à contento.
Nem tudo é como eu queria.
Mas não há acalento maior, do que saber, que foram...
... escolhas minhas.

Cristiane, tirando lições da vida.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Música pra mim....


Ele ia fazer uma música pra mim.
Algo que  pudesse me  lembrar.
Transcrever, decifrar, resenhar-me.
Algo que eu não esqueceria.
Uma música pra mim.

Logo de partida, senti sua dificuldade.
Bem no comecinho, ele entendeu minha dualidade.
Porém o propósito estava firmado.
Ele ia escrever pra mim.
Uma música pra mim.

Queria me cantar...
Quem sabe, me seduzir.
Talvez nada disso, somente...
Uma música pra mim.

Desejei mil vezes, dar palpites, mas fiquei quietinha.
Estava gostando de ver-me traduzida em notas, em poesia.
Ele rabiscava, cantarolava, batucava na mesinha.
Uma música pra mim.

Eu o olhava e sorria.
Ele comentava que, meu sorriso tinha  melodia.
Que meu jeito de chegar, lhe bastava, lhe cabia.
Uma música pra mim.

Em meio a tantos arranjos, um bom tanto de carinho.
Escolhas de instrumentos, escambo de olhares...
... eu me perdia.
Uma música pra mim.

Cristiane, musicamando.



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Muito Prazer!



Depois de Uberlândia, não sei o que se deu.
Fui mordida por uma euforia.
Presenciei uma roda da pesada, talvez ali eu tenha começado a entender a citação...
...Paulada na moleira.

Tinha gente de todo lugar...
Terreiro de Compositores, Terra Brasileira.
Mauá representando geral, Olaria e mais uns tantos que eu nem conhecia.

Por curiosidade, de brincadeira.
Eu cheguei quietinha.

Demorei pra entender, estava entre os Amigos do Samba.
Me  apresentaram um passado de Glorias e gloriosos.
Um passado, que vive hoje no meu presente.

Quanto ao samba, eu sempre tive o pé lá.
Hoje, estou mais inteira nele.
Sou toda agradecimentos, por me absorverem.
Sou samba, corpo, alma e mente.

Cristiane, agradecendo Flavia Chagas, pela apresentação.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Falo!



Falo de amor, como quem o faz.
Com intensidade, com vontade, pedindo mais.

Ouso falar de amor, com vários timbres de voz.
Hora sussurro, hora me esgoelo.

Falo de amor arrepiando, de lábios e olhos serrados.
Em alfa, beta e cama.

Falo de amor, da mesma forma que amo.
Em alguns momentos com ódio, outros tantos poetizando.

Cito excesso na falta, escassez no transbordo.
Nada me satisfaz, até que me  chegue o gozo.


Cristiane, hoje falando.