quarta-feira, 9 de junho de 2010

Em reconstrução.





Acordei, nem sabia se tinha sonhado, mas levantei .
Lavei o rosto e meu olhar, já não estava mais tão turvo.
Não soube dizer se era visão, mas optei pela demolição.

Fácil assim, subiu torto, derruba.
Não tão fácil assim, foi chegar a essa conclusão.
Disse meu cérebro ao meu coração;
- Tenha medo não! O Alicerce é dos bons!
Vou eu, não escutar esse Engenheiro e esse Artesão?

Correr dos meus propósitos, para que?
Deixe, eu paro quando morrer!
Aprendo todos os dias, a me reerguer.

Fiz parte daquele jardim.
Tem vestígios meus ali.
Tem uma cadeira que não me era cativa.

Ser parte já não me era interessante.
Ofegante,cantarolei e entendi o que a letra da música me dizia.
Estou construindo o meu jardim.

Onde eu me dôo toda e ele torna-se meu todo.
Todo meu.

Sou egoísta, fugir disso é como correr em direção ao abismo.
Tenho medo de altura, mas amo a profundidade.

Haverá plantas delicadas, mas vou querer algumas mais resistentes.
Talvez lírios da paz.
Talvez, paz.
Talvez, árvores frutíferas.
Talvez, novos frutos.
Talvez, cactos variados e coloridos.
Talvez, plágios e lembranças.

Tenho colaboradores e desta vez estou experimentando o outro lado.
Algo como, lado a lado.
Não nego, negar pra que?
Isso é diferente, isso hoje me agrada.

O desejo é aprender a usar a sombra que se fez em meu olhar, como refúgio para algumas espécies, mais raras e mais sensíveis, mas usar toda a luz que tenho para as mais resistentes, assim como eu.

Cristiane, com algo de Vander Lee, construindo meu jardim.

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