quarta-feira, 30 de junho de 2010

Flores em minha porta.



Gosto de sentar para escrever, quando não tenho muito à dizer, quando quase tudo já foi dito, quando quase ninguém me lê.

Tenho a sensação que escrevo somente pra mim, que posso terminar o texto, rasgar a folha, deletar a página e ainda assim terá sido meu melhor texto.

Tenho uma mente tumultuada, pensamentos em uma fila nada organizada, sentimentos rebelados, conclusões espalhadas.

Desordem hoje é prima querida, sinto-me mexida, órgãos fora do lugar, enlouquecidos com uma bússola sem manual.

Dá-me Senhor a sapiência do usar os 3 minutos, onde eu possa, respirar, pensar, repensar uma ação e só então tomá-la.

Ultimamente tenho me embriagado antes do primeiro segundo.

Acordei e dei de cara com um sol lá fora que me chamava, veio contrariando a estação presente , veio ao meu socorro, lembrar-me que não estou sozinha.

Ontem deixaram espinhos, no meu caminho.
Muitas lágrimas , um sorriso forçado a se realocar.
Uma dúvida presente à me assombrar.
Um medo latente à me sufocar.

Hoje cheguei e tinha flores na minha porta.
Um sorriso, muitas lágrimas ...uma surpresa só minha, uma emoção só nossa.
Uma certeza de que , estou no meu caminho!
Acolhida me sinto, já respiro sem precisar massagear o Timor.

Sou toda agradecimentos, acredite, bastava-me os abraços de ontem, mas as flores alegram meus olhos, me trazem o recado de que é da nossa natureza conviver com espinhos e flores...

Sentir-me amada é um balsamo, não há ferida aberta que não seque, não há sorriso largo que demore á chegar.

Não era um texto de agradecimento, muito menos um texto de lamentação, sentei pra deixar a alma gritar e ela optou por só agradecer.

Cristiane, plantando flores.

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