segunda-feira, 7 de junho de 2010
O Tempo da sintonia.
Falo, sempre que posso sobre o tempo, quando ele me falta , sinto falta da sobra e vice versa, hoje sem separações.
Houve um tempo que eu ouvia mais, houve um tempo que eu falei demais.
Neste meio tempo, desenvolvi o projeto de um aparelhinho que mede nossa sintonia, não desejo fazer alarde, ainda não registrei a engenhoca, fico com medo de pegarem minha idéia.
Em verdade, é um medo restrito, opaco e manuscrito, nada que me faça temer, mas tremo só de pensar no fato de que levem o que nunca foi meu, trauma, é fato.
Esse meu termômetro de Sintonia não é à base de mercúrio, é à base de mertiolate, hoje
com nova roupagem e já não arde como antes ardia.
Uma alusão à dor que vai amenizando, ao machucado que vai sarando, mas que terá sempre uma cicatriz me lembrando.
Os testes que tenho realizado com o meu termômetro da sintonia, têem me deixado com muitas dúvidas.
Um sobe e desce danado, mas tenho consultado todos os dias.
Ontem quando olhei, ele não se mexeu, fez –se de morto, pensei: - Faleceu.
Estava lá estático, sem marcação aparente, encostei o ouvido, silêncio, bati: - Tem gente?
Hoje, não agüentei, fui lá e chacoalhei, uns três berros, uns e-mails e o marcador reviveu.
Fraco eu sei, nem tão franco constatei.
A sintonia que ontem não existia, hoje tem nova melodia.
Sei que tem muito a se ajustar, mas vou desenvolver um sisteminha, para me acalentar, essa coisa de só subir o ponteiro, quando eu chacoalho, me irrita, me faz querer, quebra-lo.
Hoje falei à essa sintonia sobre o direito de ir e vir, mas ela me falou sobre o desejo de ficar.
Para que não haja briga, como boa cientista, ponho-me a testar.
Vamos assim nos aplumando, faço eu minha parte, vai ela esperta, me levando.
Cristiane, questionando a sintonia.
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