quarta-feira, 9 de junho de 2010

Desacorrentando.




Desconfio das Razões do fim, são elas justificativas vãs.Sou eu, ser humano, querendo ser humana.

Ainda tenho calafrios, tremores e arrepios, ainda tenho um sangue que mesmo quando morno, ferve.

Um gole do teu veneno, te ofereço, um trago do meu antídoto, mereço.

As tentativas continuam, não pense que algo mudou, algumas transformações estão mais nuas, mais cruas.

Tenho razões para manter o movimento de avanço, definições lógicas para, desta vez, me permitir visitar outras dimensões.

Não me desculpe por isso, o jogo é seu e você lança os dados, eu ganho o jogo.

Diz-se por aí, que tem coisa que é pra vida toda, eu digo por aqui que tenho uma vida toda cheia de coisas.

Não tem muita graça ver coisas e pessoas indo, mas é engraçado como não deixo lacunas na vida, meu exercício é preenche-las e nunca justifica-las.

Ficam as lembranças, as histórias e a consciência de que tudo que vem, vai.

Chico esta em horário nobre, cantando isso aos quadriláteros...

... Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação ...

Reforço o refrão... Sei lá...!

Se este é o processo normal, da vida a morte, da chegada a ida, porque teimo em reter coisas, pessoas e sentimentos?!

Decreto o dia do Livre Arbítrio Desacorrentado, deixo que amigos, amores, desejos, sentimentos, bens materiais e até minha benevolência instantânea, façam uso do seu querer, sem que eu faça valer o meu antes, fiquem se for opção de cada um .

Cristiane, querendo ver onde a vida vai, sem minha interferência.









Vinicius de Moraes
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, Sei lá
A vida tem sempre razão
A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

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