segunda-feira, 14 de junho de 2010

Estranha...




Paira uma dúvida em mim, reflito, contabilizo, meu resultado é indevido.

Não sei se falta ou se sobra, hoje pela manhã olhei no espelho e eu não estava lá, me arrumei e vim trabalhar.

Estar em lugares diferentes, ver pessoas diferentes, estar diferente, me trás vontades diferentes, estranhamente me estranho, diferentemente me vejo.

Tereza Cristina canta: - Eu não sou mais, quem você deixou...!

Eu inclino a cabeça e me deixo levar nestas possibilidades, nestas desigualdades tão iguais.

Me senti sorteada, sem ter colocado o cupom na urna, não desta vez, já havia desistido de concorrer. Páreo duro, Jockey cheio.

O difícil é aceitar que eu sou só uma das opções, se propago e engrosso o eco dos que acreditam em possibilidades.

Egoísmo seria , se esse segredo fosse só meu.

Vem sol, que eu te espero todos os dias, sinta-se desejado, querido e creia em mim, mesmo gostando das possibilidades, ainda és meu preferido.

Vou e fico, como se lá fosse meu lugar, quando volto, a saudade é tamanha, que fica difícil acreditar que eu estive lá.

Gosto de um Porto Seguro, de algo fixo, de um lugar pra voltar, tanto quanto não me permito ficar inerte ao ir.Sim, eu vou, sim eu volto e planejo uma nova ida.

Digamos que eu seja uma nômade com residência fixa.Tenho endereço, apreço e milhas à serem usadas.

Cristiane, estranhando-se.

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