quinta-feira, 17 de junho de 2010

Emaranhando-me!



Eu procuro vestígios de você em mim.

Tenho dúvidas, um dia é diferente do outro.

Horas penso que nada ficou, horas penso que nada levou.

Meus pensamentos, já não andam tão soltos assim, já não fluem livres, como era antes de você ir.

Mesmo que sentisse sua falta, não confessaria, hóstia não aceitaria, penitencia, essa sim pagaria.

Falo para mim, porque eu me escutarei, compreenderei e segundo a Língua Portuguesa, mim não tem ação.

Nada farei.

Estou intermitente, carente, presente.

Penso em ficar quietinha, levantar a coberta e olhar, hora ou outra, pela abertura, para ver se secaram as gotas da minha janela.

Mas, sou eu que molho ela.

Gritar já foi uma opção, mas já gritei e sempre foi em vão.

Não quero que meus dias passem, enquanto eu espero que eles simplesmente passem.

As horas desta minha vida me são tão caras, porque hoje penso em ignora-las?

Ah! Que o peito aperta , voz me some, pupila dilata e as respostas não chegam.

Me nego a perguntar, mas assim sou eu, ou chega a mim ou não é para mim.

Não viverei questionando o amor que não me destes, nem a importância que me negastes, morro e até vivo, sem nada disso, mas, com todo o muito que me resta.

Prefiro acreditar que não veio porque, nada tinha a entregar.

Prefiro realmente acreditar que sou eu mais uma, porque se acreditar que fui eu àquela, aconteça o que acontecer, ficarei grudada nessa janela.

Vá mas leve com você, o que eu acreditei que era só nosso.

Não quero nada, abro mão dos ensinamentos desta estrada, perco, eu sei, também sei que devia aproveitar para a próxima viagem, mas a dor é tamanha que não me importo de começar do zero, sim, sim, sim, eu quero.

Querer nunca foi poder, mas quem pode, sempre quer!

Eu transito neste eixo, entre querer e não poder.

Cristiane, falando consigo!?

Nenhum comentário:

Postar um comentário