segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dualidade longe da banalidade.




Estou indo, devagar, mas eu sinto que estou me afastando.

Nada de passos largos, na quietude, sem alardes.

Algo me diz que eu já devia estar lá, mas eu resisti, insisti, fiquei.

Desta vez, algo mudou, transformou, algo de mim informou-se, formou-se!

Alcione quase me tira as esperanças, acreditei mesmo que, uma vez aqui, nunca ali.

Mas Chico, persistiu no propósito de me fazer entender, que a raridade não esta em quem me ama e sim em quem eu amo.

Sei nem tudo que digo é claro, nem todos compreenderão Chico e eu ,criamos uma afinidade tal, que ele diz a mim quase sempre, o que sempre desejei ouvir.

Não é para todos, criei meus caminhos. Crie o seu , não ouse pegar atalho no meu.

Negar pra que? Ainda vivo embalada por esse dueto, mas minha dança hoje é de movimentos.

Leves, precisos, um rodopio mais ousado, uma requebrada mais insinuante, três notas depois, eu no meu ritmo .

Eles se completam, deixam o dito pelo não dito, defendem pontos de vista iguais e depois se contradizem, hora um fala mais forte em mim, minutos depois, só ouço os gritos do outro.

***Alcione, que diz sempre voltar, hoje sustenta o ir.
...
Agora resolvi deixar você em paz
Porque vi que mereço muito mais
Perdoe a presunção
Mas sei que muito tenho a dar
Amor é emoção
Que não se pode sufocar
Por isso declarei o amor
E quem sabe um dia
Virá de vez pra minha companhia
E ei de me envolver denovo
Em outras teias
Enquanto sangue houver
Nas minhas veias ***

***Chico, chega a ter aqueles olhos claros em águas, não resiste e provoca-me.
...

Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...***

Assim, sigo à diante, com leves olhadelas sob os ombros.

Cristiane, nem lá, nem cá,  próxima, bem próxima dalí.

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