quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mudando os ares.




Nem todo dia é dia Santo, nem todo Santo é bom negociador.

Dentro de poucos dias, vamos comemorar o dia de São João, Santo Antonio e seus comparsas. Tem gente que faz festa, eu faço bico, às vezes promessas, vez ou outra, faço graça.

Este ano, penso em passar por algumas comemorações, mais presente. De imediato penso em ir ao Nordeste, pegar os festejos no inicio, visitar a toca da onça, olha-la de
frente, vou provocá-la em solo santo. Andar naquele trem de sanfona e balanço.

Vou pular fogueira, comer batata doce da fonte .Me entupir de paçoca, pipoca e ariscar uma trepada no pau de sebo, cruzem os dedos.Sou destemida, não me detém o medo!

Tenho um carinho diferenciado pelo povo do nordeste, gosto de como me acolhem, mas confesso, a cachaça de lá me entorpece. Um gole pra mim, outro para meu Santo de devoção, que são sempre todos, que do meu lado estão.

Vou de gole em gole conhecendo aquelas bandas, festa é coisa que eu não renego, um forró aqui, um baticundum ali e eu descompassada, envolvida até o último fio de cabelo crioulo.

Sou classe proletária, mas não tenho férias, aproveitar cada dia, cada feriadinho é o que me resta.

Este ano o calendário não me passou desapercebido, resolvi ficar de olho nele, esse ano, ele que fique esperto comigo.

Quero voltar e contar, sobre a alegria que toma conta daquela gente, dizem por aí que contagia, uma coisa simples, sem muita maestria. Meticulosamente projetado para a simplicidade reinar,!

Lá a felicidade chega sem mandar e-mail avisando.

Uma camisa de franela,
Uma botina rasteira.
Uma carça na canela!
Uma arfazema atrás da oreia,
Uma cachaça na veia,
Uma dama forrozeira!

Ta dada a receita, para um bate coxa a noite inteira.

Há quem vá dizer que, isso não é tudo pra se viver feliz, eu lhes digo, caros leitores, pra mim é tanta felicidade, que o beiço inté arde.

Cristiane, aguardando a viagem .

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