quinta-feira, 7 de abril de 2011

A carta de amor, que não escreverei.


Eu não escreveria, uma carta de amor.
Eu não, jamais eu.
Seria démodé, fora de propósito, sem nenhum porque.
Já me dei o direito de rascunhar poemas, transcrever citações e até plagiar ações.
Mas carta de amor, recuso-me.
Acho perda de tempo, elas nunca são entregues, recebidas, lidas, não, não e não .
Nunca seriam entendidas.
Ficaria uma carta em vão, sem respostas, sem reação.
Não escreveria algo, para ir parar em um baú com pátina, a ser aberto após minha ida.
Eu não!
Abro mão!

Acho Até louváveis, mas ficam apenas como recordação.
Eu não.

Não por ti, porque pra ti, já doei tantos sentimentos, que estas poucas linhas, seria aperitivo bem vindo, sempre.
Por todo o tempo que nós tivemos e por todo aquele que jamais teremos, há quem diga que fazia-se necessário esta carta.
Eu não.
Não sinto por não escrevê-la, julgo ser redundante, descrever o quanto me fizeste feliz, exceto nos momentos que me permiti estar infeliz.
Pontuaria a falta de planos juntos, contabilizaria o excesso de sintonia, mesmo separados.
Faço bem em não escrevê-la, beiraria à fascículos, ficaria cansativa, me levaria à exaustão, como tantas vezes me vi exaurida, quando seu corpo deixava o meu.
Desnecessário seria escrever, sobre a falta que não me fazes hoje, em conseqüência do excesso de amor que senti por ti... ontem!

Esperem uma carta de amor de outra pessoa, minha não!

Cristiane, recusando-me à escrever, uma carta de amor.

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