segunda-feira, 3 de abril de 2017

Autenticidade adulterada.


Tenho me perguntado...
Em que momento da minha vida, em que virada de ano.
Em qual fechada de ciclo?
Ou talvez, em que chutada de balde.
Eu me acalmei?

Já fui tão, ferro e foto.
Tudo ou nada.
Oito ou Oitocentos.
Dá e não desce.

Acho que pedi tanto a tal da paz, que ela veio me infernizar.
Agora não sou mais dada à rompantes, tenho no máximo acessos.
Eu que antes gastava, hoje economizo gargalhadas efusivas.
Estou mais polida, engajada e sem graça.

Tenho medo, de ter perdido o selo da autenticidade.
Com o passar do tempo, fui aprendendo, desaprendendo.
Tinha um alicerce tão bem estruturado, mas hoje, metade está em reconstrução.
Mexi em tudo em mim, o estranho é que ando menos mexida.

Hora destas, me aceito madura.
Mas sinto que estou longe do vibrar com isso.
Gostava das minhas frescuras, das minhas máximas loucuras.
Do meu dar de ombros...
Do meu... depois eu resolvo isso.

Cristiane, com uma paz infernal.







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