sexta-feira, 10 de junho de 2011

Trocando?



Sentei pra filosofar... falar de nada... desentediar .
O tempo frio, ajuda a gente a se achegar.
Uma taça de vinho, algo pra beliscar.
Ia tempo, que não me dava esse tempo para trocar.

Gosto de inflar meus monstros,  ir drenando, vê-los murchar e de novo se erguerem majestosos, mediante minhas alusões.
Sei, poucos sabem do que falo, como falo e poucos são os que eu falo.
Tudo bem, eu viajo!

Ainda me intriga o ser humano, na árdua tarefa de ser humano.
Ainda discuto o sexo dos anjos e ainda faço as minhas tais caras, quando nem palavras quero doar.
Ainda julgo o bater palmas para doidos dançarem, mas a música que vem deles ainda me faz, cantarolar, algo sempre do contra...
Claro.

O que não concordo ainda fomenta meu raciocínio, ainda aprendo com o que nunca estudaria.
Ainda me serve de pesquisa, o que eu nunca seria.
O nunca ainda é uma palavra que incluo no contexto, mesmo havendo controvérsias,  nunca, tem seu peso único.

Tem dias que essa lacuna é tão grande, que chego a preocupar-me comigo.
Acho de verdade que dia menos dia, terei que me igualar, deixar minhas esquisitices de lado, me rotular.
Voltar atrás e começar a traduzir meus sinais.
Decifrar meus pensamentos, reescrever meus achismos.
Desenhar os meus desentendimentos.

Esta cada vez mais difícil , o interlocutor, me acompanhar.
Não é coisa para me gabar, muito pelo contrário, isolar-me nunca foi opção.
Estar sozinha nessas questões, não me atrai, não.

Gosto mesmo é da troca, do olhar e ver o outro com o mesmo pensamento em um dialeto diferente.
Gosto de novidades que eu em menos de segundos, possa dar meu pitaco, subir uma sobrancelha, fazer uma careta qualquer e defender a tese com alguma ressalva, somente por precaução.

Pois é, gosto de complicar o que nunca me foi fácil, não!

Cristiane, preocupada.

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