quarta-feira, 25 de junho de 2014

O que fui...





Já fui mais ousada, mais valente.
Diriam as más línguas, inconsequente.

Acho que era o viço da idade, a falsa certeza da liberdade.
A incoerência, que eu deixava para analisar mais tarde.

Sinto falta dessa eu, daquela insana assumida.
Do não contabilizar riscos, do flertar abertamente com a vida.

Já fui mais Isolda, Dulcinéia e muito mais Bárbara.
Mais mocinha, bandida, arteira e faceira.

Sinto que hoje me resumo, num compilado disso tudo.
Sinto saudades, mas vale-me o lucro.
Cresci, ganhei o mundo.


Cristiane, em constatações. 

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