sexta-feira, 6 de junho de 2014

Aturbantei-me...



O propósito não é inovar, fazer dele uma releitura ou um relançamento.
À propósito, o intuito é aproveitar o que meus ancestrais me deixaram.
De propósito, incorporar no meu dia a dia  essa herança rica  em cultura.

Aturbantei-me ... de coração, alma e por opção.
Para acrescer-me, desta atitude que vem de lá de trás.
Para agradecer, essa hoje já não necessidade de esconder meus cabelos crespos.


Aturbantei-me para agradecer a possibilidade de mostrar-me como sou.
Sobretudo como posso ser melhor e mais colorida.
Assim, nos dias frios mais aquecida.
Nos dias quentes... fervida, logo, mais atrevida.

Aturbantei-me  para sentir-me acolhida.
Mais bem vestida, mais vívida...
... mesmo nos dias que acordo enlouquecida.

Aturbantei-me para  descobrir-me uma Diva, uma Deusa Africana.
Uma mulher multifacetada, uma Indiana.
Aturbantei-me como veículo e não como meio de estar e ser quem me couber.

Uma vez aturbantada, sinto meus pensamentos mais protegidos.
Meus cabelos, armados ou amarrados e minha alma livre...
Muitas vezes aturbantada, serena me sinto.

Cristiane Gonzaga, aturbantada.



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