segunda-feira, 16 de maio de 2011

Passante, passado, passando.



Por acaso, para quem acredita em tal, estive por aí.
Talvez mais perto do que eu mesma pudesse sentir.
Sim, sem rodeios, me senti próxima.
Sim, após tanta distancia, estive aí.

Há quem diga , que foi sonho.
O velocímetro de meu automóvel, desmente.
Pouco , do que já foi muito, importa.

Meu consciente racionaliza e me diz, que sempre estou por ali.
Meu coração toma a frente, impõe-se e me faz crer, que eu quase te vi.
Quase te senti, quase, quase ...
Há! O quase!

Se disser que não sei o que senti, minto.
Se descrever o que senti, igualmente estarei mentindo.

Agora que já voltei, talvez eu possa dizer, que o lugar já não me era familiar.
As mudas, já não eram mais tão mudas, falavam por si.
Pensei ter visto outra cor na parede, outra tranca na porta.
Mas não posso precisar, isso eu imaginei, acredite , só passei.

De lá de longe, eu senti seu cheiro.
Quase não o reconheço.
Engraçado e ao mesmo tempo, trágico.

Disfarcei o alvoroço, a tremedeira e acredito ter convencido.
Enfim , é um passado que dificilmente me passará desapercebido.
Mas vale a pena vir aqui , dizer que passei por aí.

Cristiane , de passagem.

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