terça-feira, 10 de maio de 2011

Dias difíceis.


Sobreviver já foi mais fácil.
Houve dias que eu só tinha problemas meus.
Que era problema meu, o desanimo, falta de senso, procurar acalento.

Estes últimos dias, foram a prova dos nove.
Chegaram para me fazer crer ainda mais, que a vida é mais, aliás muito mais que isso.

Houveram dias, que algumas faltas doiam.
Esses dias, era tanta falta de tanta coisa, que eu me esqueci do que me faltava.
Esses dias, sobrava tanta coisa, que foi difícil, lembrar-me o que me sobrava.

Tive a ilusão, que tudo dependia de mim.
Tive a conclusão que quase nada, eu podia fazer, por ali.
Assim, vejo cada um em seu caminho.
Assim, vou espiando a vida acontecer, aos pouquinhos.

Acontece, que eu me assusto.
Acontece, de eu querer pedir socorro.
Acontece, que foge do meu controle.
Acontece, que me descontrolo.

Sei, também acontece de eu voltar ao meu centro.
Respirar, resmungar e inspirar.
Buscar lá dentro, uma regra para a desordem aqui de fora...

Fora de mim.

e lá se foram tantas lágrimas, tanto desespero, tanto cântico entoado em meus devaneios.

e lá se foi o que eu achei que não iria, o que julguei não ter saída.

e lá se foram, dias em claro, noites no escuro, desespero vertendo, derramando, transbordando.

e cá encontro-me, aparentemente ainda perdida, deitada em cima de mapas, chacoalhando uma velha bússola, que teima em não me dar, meu norte.

Cristiane, ainda um tanto perdida.

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