quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Perdendo-me.



Fico envolta, aos acontecimentos que a vida me trás.
Vou assim envolvida até, não saber voltar mais.

Até que eu ache o caminho de volta, leva-se um bom tanto da minha vida.
Pensei em migalhas de pão, pequenas tiras de tecidos de algodão.

Ao certo, nada me guiaria, seria inútil.
Se vou, talvez eu não deseje voltar, pelo mesmo caminho.

Esta constatação, não me vem de supetão, eu levei algumas léguas.
Para que ela encontrasse-me.

Também não me escondi, eu andei solta, leve, eu me mostrei.
Eu me expus, gostei, me excedi.

Olho em volta e tudo é maior do que eu pré supunha.
O lado melhor fica na margem oposta.

Não queria apenas nadar, acho que me faria bem, mergulhar.
O excesso, sempre me caiu muito bem.

Sorver  de tudo um pouco, caso eu exploda, caso não me caiba.
Torno-me partículas de mim, habitarei vários lugares ao mesmo tempo.

Cristiane, perdida.


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