quinta-feira, 16 de abril de 2020

ABRIL!






Abril!

Como um zíper, manuseado por mãos habilidosas.
Talvez como uma cratera, em um solo, mal utilizado.
Abril, sempre abre, lacunas em mim.

Abriu e curiosamente, não sei o que encontro.
Nem mesmo, se me encontro, neste infinito.
Neste emaranhado de sentimentos, gigantescos e igualmente restritos.

Abril, abre-me, rasga-me o peito, fora a fora.
Dilacera, exponho-me e como um não sei que...
Ele finda, passa, acaba e vai embora.

Refaço, fecho, reintegro-me.
Então...passo a mão sob as cicatrizes.
Consigo contar os pontos, externos, um a um.

Nada, volta a ser como antes!
Abril, abre-me leques, oportunidades, verdades.
Um ciclo, único, meu e estranho, mas seguimos jogando aberto.

Cristiane, abrindo-se em Abril.

Nenhum comentário:

Postar um comentário