Abril!
Como um zíper,
manuseado por mãos habilidosas.
Talvez como
uma cratera, em um solo, mal utilizado.
Abril,
sempre abre, lacunas em mim.
Abriu e curiosamente,
não sei o que encontro.
Nem mesmo,
se me encontro, neste infinito.
Neste
emaranhado de sentimentos, gigantescos e igualmente restritos.
Abril, abre-me,
rasga-me o peito, fora a fora.
Dilacera,
exponho-me e como um não sei que...
Ele finda,
passa, acaba e vai embora.
Refaço,
fecho, reintegro-me.
Então...passo
a mão sob as cicatrizes.
Consigo
contar os pontos, externos, um a um.
Nada, volta
a ser como antes!
Abril,
abre-me leques, oportunidades, verdades.
Um ciclo,
único, meu e estranho, mas seguimos jogando aberto.
Cristiane,
abrindo-se em Abril.
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