segunda-feira, 11 de junho de 2012
Tempo.
Em algum momento, deixa-se de sentir falta do que não se teve.
De chorar o leite, que jamais foi ao fogo.
De maldizer o desgosto, do gosto que não se sentiu.
Friamente.
Pensando bem, não há o que lembrar, o que querer reviver.
Damo-nos conta, que o faz de conta, era tão bom, tão teatral, que nos deixamos levar.
Embarcamos nos desejos, nas necessidades e optamos por acreditar.
Piamente!
O Sr. Tempo, nos chama à razão.
Adentra nossa vida ,com um contrato vencido em mãos.
Dita regras, ameaça-nos com severas multas.
Impugnação.
Juntamos, migalhas dos nossos adjetivos.
Inteligência, auto estima, sensatez e mais alguns grãos de bem-nos-querer!
Nessa junção, salva-se uma vida, ergue-se um novo ser, ainda desprovido do muito que pensamos um dia, ter.
No entanto, esperançoso, do muito que se tem à acrescer!
Cristiane, temporizando.
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