sexta-feira, 22 de março de 2019

Não Grite.





Não espero que grite, como eu gritaria.
Nem mesmo, que leve à mão ao peito.
Sim, eu enfartaria.

Sei que não é dado à arroubos.
Ao menos, não pelos quais, eu morreria.

À tempos, reduzi minhas expectativas.
Desconfio que minei, desmereci, o que em mim, te atraia.

Cá estamos, batendo cartão, cabeça, vivendo amenos, vendo nosso desejo minguando.
Não...
Não tarda, nos perderemos...
Colocando em dúvidas, se realmente  nos achamos.

Teus olhos já não brilham, com a minha imagem
Tua pele, não arrepia com a minha presença.

Não...
Não me sinto, desejada.
Ou recomeçamos ou findamos a tormenta.

Cristiane Gonzaga, atormentada.

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