sexta-feira, 3 de julho de 2015

Desejo.



Luto por um mundo, com mais dízimas periódicas.
Reivindico que meus momentos de felicidade, tenham reticências.
Que minha prova dos nove, não se conclua.
Quero sobras, sou dada à aparar arestas.

Gosto de pagar o preço, parcelar os juros.
Viver como se hoje, não me fosse suficiente.
Chorar,  para me acabar.
Sorrir, até desmilinguir.

Concluo que do tudo que  me chega, sempre me falta muito.
Que quanto mais eu tenho, menos eu quero deixar de lado.
Sou uma máquina, de  criar desejos.
Desajustada.


Cristiane, desejando.

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