quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Distúrbio.




Passa-se um período de sentimentos conturbados em mim.
O marasmo ameaça, mas não ousa, instalar-se.
Eu, quase sem forças, luto.
Mas... é uma luta com final comprado.
Contudo, continuo.

Alimento-me de fotos amareladas.
...de cartas, puídas, palavras apagadas.
...de uma vontade de amar e ser amada, hoje ultrapassada, devastada.

Nada aqui é unitário, nada em mim é básico, pacífico, original de fábrica.
Tudo muda, tudo é muito, tudo não é forma de me expressar.

Ao abrir os olhos pela manhã, já sei da minha sina...
Mais um dia de coração apertado, de sentimentos desenfreados.
Fato: Terei que chacinar uma alcatéia de leões, apenas pra começar.

Quanto mais me dou tempo, para que esses sentimentos resolvam, resultem-se.
Achem um denominador comum.
Mais acumulam, multiplicam, procriam, tomam-me.

Vivo de explosões internas, de invasões externas.
...de mistos de calafrios com calores arredios.
Vivo de possibilidades, de um amor, ao qual procuro, mas  não encontro... imunidade.


Cristiane, em distúrbio.

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